Guarani tem titulares e reservas de qualidade para a Série C. Não é pouco.

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Apesar da irregularidade no gramado e a tensão provocada pela luta á classificação á Série A-2 do Campeonato Paulista, o torcedor do Guarani pode respirar aliviado por um aspecto, que é a formação de elenco com começo, meio e fim para o restante da temporada.

Salvo o aparecimento de diversas propostas que desmanchem o elenco em um toque de mágica os 16 jogos disputados na competição estadual mostram que o Alviverde poderá viver na Série C um quadro bem diferente daquele vivido no período de 2013 ao ano passado, quando precisou contratar no atacado e no varejo. Resultado: até hoje, nunca conseguiu chegar às quartas de final da competição.

Pintado poderá sair para o São Paulo? Apesar do discurso dúbio do treinador após a vitória sobre o independente é impossível ignorar a construção de uma boa fase entre os titulares e reservas confiáveis, algo que não desfrutado por Tarcisio Pugliese, Evaristo Piza, Vagner Benazzi, Ademir Fonseca, Marcelo Veiga e Pintado, profissionais que atuaram no banco de reservas bugrino na competição nacional.

Não precisa ser expert para compreender que Pegorari é um goleiro confiável e com identidade com a torcida. Que Eduardo surge como boa revelação na lateral direita e opção a irregularidade de Oziel. Na lateral-esquerda, Denis Neves pode retomar o bom futebol e constituir-se em opção ofensiva.

No meio-campo e no ataque, o que não faltam são jogadores adequados ao nível técnico da terceirona: Lenon, Diego Silva, Wesley, Fumagalli, Douglas Packer (sim, não é caso de descartá-lo), João Paulo ou até mesmo João Victor, Watson, Gabriel Rodrigues e Lorran. Só não dá para assegurar a permanência de Max e Flávio Caça Rato, atletas com apelo no mercado da bola e que podem ter espaço até na Série B. Tal fato não impede detectar uma evolução no planejamento bugrino.

Então, por que o time não deslancha na Série A-2? Simples: pela insistência de Pintado em promover constantes alterações no time titular e evitar a formação de um padrão tático capaz de tornar a equipe do mesmo nível de Bragantino e São Caetano. Qualquer jogador precisa de confiança e estabilidade para exibir seu futebol. Pintado exterminou com tais atributos.

Mas aposto: se a saída de Pintado for confirmada, o próximo treinador terá boas chances de êxito caso a base seja mantida. Não é pouco.

(análise escrita por Elias Aredes Junior- Foto de Rodrigo Villalba-Memory Press)