A cada rodada da Série B chego a conclusão que o problema do Guarani passa muito mais pelo aspecto emocional do que físico, técnico ou tático. Se você observar os números bugrinos na competição chegará a conclusão de que seria possível fazer uma campanha pelo menos para ficar fora da zona do rebaixamento. Apesar das limitações da equipe.
Para começar. Tem 19 pontos ganhos e cinco vitórias, mesma quantidade do Criciuma, que está fora da zona da degola. O torcedor tem toda a razão em reclamar das falhas defensivas e ofensivas da equipe. Todos estamos de acordo. Mas alguns com limitações exibem força para evitar o pior.
Veja só. O Alviverde tem 15 gols feitos, um gol a menos que o Tigre Catarinense. Problema é que o bugre anotou sete gols em três jogos, na vitória sobre o rubro-negro baiano e nas derrotas para America Mineiro e Oeste. Por outro lado, os 24 gols sofridos deveriam servir como mote de reclamação, correto!? Correto. Só que Londrina e Vitória tomaram 27 tentos e estão fora da degola.
Reveja os jogos. Contra o America Mineiro, o time saiu na frente, buscou o empate e tomou o terceiro gol nos minutos finais. Diante do Oeste, o Guarani igualava o marcador e tomou o gol na sequência. Não dá para colocar apenas na conta da parte técnica. É, antes de tudo, uma questão emocional. Em uma competição nivelada por baixa, quem tem boa cabeça fica bem a frente dos demais.
Pior: com torcedores e dirigentes com nervos à flor da pele não há ninguém em condições de resolver um problema que parece simples.
(Elias Aredes Junior)