Guarani, um time que caiu de produção. Vinicius Eutrópio encontrará o rumo?

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Na estreia contra o Figueirense, o Guarani mereceu nota 5. Na quarta-feira, a atuação tanto taticamente como tecnicamente foi, com boa vontade, nota 3,5. Pior do que o rendimento é constatar as obras grandiosas que precisam ser feitas pelo técnico Vinicius Eutrópio.

Nos 12 dias antes do jogo contra o Vitória, uma pergunta precisa ser respondida : o Guarani fazer marcação sob pressão? Faço tal indagação diante da queda de rendimento físico e na qual a atual comissão técnica têm culpa zero. Ficar na linha ofensiva é salutar, urgente e é aquilo que os amantes do futebol desejam. Só que uma coisa é aquilo que sonhamos. Outra é a realidade nua e crua. Será que não poderia testar uma marcação na zona intermediária, com encurtamento dos espaços para retomar a bola e variar o contra-ataque com o toque de bola puro e simples?

Vou além: como os zagueiros demonstram fragilidade, especialmente Ferreira, os treinamentos deveriam servir como laboratório para buscar uma outra formação no meio-campo. Com mais pegada, presença de mais um volante e concessão de liberdade para Ricardinho e Artur Rezende e com Diego Cardoso isolado na frente. Mateusinho? Rondinelly? Formação de opções para o segundo tempo ao lado de Renan. Não há demérito nenhum. Pelo contrário. Time sem variação e fórmula de jogo alternativa não chega a lugar nenhum.

Quanto a preparação física não há o que fazer. Todos precisam confiar no trabalho de Leonardo Fagundes. Este jornalista consultou gente do futebol e me disseram que para que uma mudança de metodologia surta efeito em médio prazo. É preciso paciência.

Fato: no sábado o Guarani demonstrou que tinha rumo. Na quarta feira perdeu a bussola. É preciso reencontrar a direção correta. Para pelo menos evitar qualquer sufoco e vergonha.

(Elias Aredes Junior)