Guarani: um turno inicial que termina com a necessidade de aparar arestas

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Ficar com 21 pontos ao final do primeiro turno e longe da zona do rebaixamento pode ser considerado um prêmio diante daquilo que o Guarani apresentou em boa parte desta fase. Desempenho ruim com Thiago Carpini, apenas um lampejo com Ricardo Catalá e a produção com Felipe Conceição que deu horizonte para dias melhores.

Isso não quer dizer que tudo esteja resolvido. Pelo contrário. Ainda não existem laterais com produção equilibrada nos 90 minutos. Pablo e Bidu são bons no setor ofensivo, mas oferecem espaços quando ocorre a perda da posse de bola. Eliel enquadra-se no quadro dos novatos, Erik Daltro não engrenou e Cristóvam está longe do seu desempenho no Paraná.

Bruno Silva alterna boas e más atuações. Tirar do time? Não. Especialmente porque Conceição encontrou sua posição. A frente dos zagueiros e com técnica para sair com a bola dominada. Oscilações são normais diante desta loucura de calendário.

Existe outra missão: encaixar um lugar para Murilo Rangel. Não adianta dar murro em ponta de faca. O atleta é técnico e tem um estilo mais cadenciado. Longe do trabalho de atletas com intensidade. Solução: Testá-lo como atacante, enfiado entre os zagueiros e aproveitar a sua estatura para explorar as defesas adversárias.

Perceba que falei de arestas, pontos que não tiram o fato essencial: o Guarani hoje tem um time com começo, meio e fim. Deve ser suficiente para permanecer na segundona. Não é pouco.

(Elias Aredes Junior)