Quando for 23 horas de quinta-feira, teremos uma resposta fundamental: se o Guarani é uma equipe dependente de um doping emocional para produzir futebol de qualidade e que o jogo contra o Corinthians foi um acidente de percurso e sua produção é aquela dos jogos contra Oeste e Bragantino. Ou seja, muito pobre.
Pior: quem deu espaço para que fiquemos nesta dúvida é o próprio técnico Osmar Loss, que disse a respeito da motivação. “É óbvio que tem mais visibilidade, traz mais repercussão no cenário nacional e expõe o Guarani, então a gente tem que saber aproveitar esse embalo. Mas a representatividade dentro do campeonato se torna maior”, disse o treinador, para logo em seguida tentar consertar o estrago. “Mas não dá uma atenção especial por ser o São Paulo. Cada jogo tem sua importância para buscar a classificação. São Paulo contratou muito bem, bastante bem, então tem uma dificuldade natural. A gente trabalha da mesma forma que vai trabalhar contra o Mirassol, talvez com menos tempo”, arrematou.
O que o torcedor bugrino defende neste momento é uniformidade. Ou seja, uma equipe ofensiva, disciplinada e versátil tanto para ganhar do São Paulo do Morumbi e fora de casa contra o Mirassol ou no Brinco de Ouro diante do Botafogo.
Confrontos contra gigantes infelizmente não serão a realidade bugrina para o resto da temporada. Ainda existem os jogos contra São Paulo e Santos? Concordo. Pode encarar possivelmente o Corinthians na segunda rodada da Copa do Brasil? Não há dúvida.
Só que o Guarani só vai subirá de patamar para 2020 se ultrapassar equipes como Botafogo, Oeste, Ponte Preta, Cuiabá, Operário, Vitória, Sport. Esse cenário vai prevalecer. E se o Guarani não estiver preparado para suplantar tais barreiras, as vitórias contra gigantes serão apenas exceções em uma temporada recheada de decepções.
Esperamos boa atuação contra o São Paulo. È preciso fôlego e estabilidade para fazer diferença no ano inteiro.
(Elias Aredes Junior)