Não sabemos como a Ponte Preta vai jogar no próximo sábado, a partir das 16h30, contra o Grêmio, no estádio Moisés Lucarelli. Estreia dura na Série B. Após o rebaixamento para a Série A-2 do Campeonato Paulista, o elenco será reformulado para Hélio dos Anjos extrair o melhor cenário possivel. Diante disso, não temos ideia sequer da escalação.
Mas sabemos como o treinador atua. Marca pressão na saída de bola, encurta os espaços do oponente já no seu devido campo defensivo e gosta de atuar com velocidade e criar volume de jogo para encurralar o adversário. Certamente este é o cenário criado por qualquer equipe comandada pelo treinador.
Mas especificamente para este jogo de estreia, acredito que o técnico deveria repensar o seu conceito. Porque se ele atuar na frente e se tentar sufocar desde os primeiros minutos, ele dará aquilo que deseja o técnico gremista Roger Machado: o contra-ataque.
Sim, Roger é adepto do controle de bola, da implantação de uma cadência na evolução ofensiva e de viradas de jogo constantes. Mas não está com tal metodologia. Sabe que o elenco atual do tricolor gaúcho é limitado. Fica atrás. Aposta no contra-ataque e no estilo rompedor do atacante Elias ou de algum outro atleta rompedor. Eleito o melhor jogador do Campeonato Gaúcho, Bitello é outro que se encaixa com precisão nesta filosofia de emergência.
Pergunto: diante desta conjuntura, vale a pena agredir o adversário? Vale abrir os espaços para que o Grêmio saiba aquilo que deseja e saber.
Só para esclarecer: evitar que não considero que a Ponte Preta tem que ficar com o traseiro colado no gol de Ygor Vinhas. Nada disso. Marcação intermediária e na hora devida dar o bote para sair em contra golpe. De preferência em espaço curto. Pode dar errado? Até pode. Porque o futebol é imprevisivel. Mas não custa pensar e refletir antes de tomar uma decisão vital para a estreia da Macaca.
(Elias Aredes Junior-Foto de Diego Almeida-Pontepress)