O ex-presidente do Guarani, Horley Senna, entrou no final da tarde da quinta-feira, dia 02, com uma representação na Secretaria Geral da agremiação para pedir junto ao presidente do Conselho Deliberativo, Edinho Torres, uma investigação sobre as condutas de Anaílson Neves, ex-integrante do departamento de futebol, e Lucas Andrino, ex-gerente do clube e ligado ao empresário Roberto Graziano, que deseja assumir o futebol profissional e das categorias de base no processo de cogestão.
De acordo com a acusação de Horley, a dupla teria comparecido na secretaria no dia 01º e quitado mensalidades atrasadas de associados. A meta seria habilitá-los a participarem da assembleia de Sócios marcada para o dia 13 de agosto e que decidirá sobre a melhor proposta de terceirização do futebol. Clique aqui e leia mais notícias sobre o assunto.
Além Graziano, um pool formado por Elenko Sports, Traffic, DK (Dunkirk) e pelo empresário Nenê Zini está na disputa. “(…) Mister esclarecer neste diapasão que os referidos sócios não se aglomeraram na secretária no dia e hora mensurados, como também poderá ser constatado através das imagens da câmera interna da secretaria”, afirmou o ex-presidente no documento. Segundo Senna, a operação teria proporcionado R$ 14.800 aos cofres do clube.
Procurado, Anaílson Neves negou as acusações e disse que a arrecadação tinha um outro objetivo. “Nada mais é do que uma guerra política. Estamos precisando de dinheiro para pagar a cirurgia do Bruninho. Todo mundo corre atrás de dinheiro. Mas eu sou o cara que mais faz isso no Guarani. Não tem nada disso. É um procedimento normal, tudo com clareza. As câmeras mostram que eu saquei o dinheiro e depositado”, afirmou Anaílson Neves. Ele também disse que não fez o pagamento das mensalidades no banco para não correr risco de penhora. Lucas Andrino não foi encontrado pela reportagem para falar a respeito do assunto.
A reportagem do Só Dérbi esteve presente no Brinco de Ouro da Princesa no momento em que Horley chegou ao local. Sorridente, o ex-mandatário levou o documento em um envelope branco, entregou o papel nas mãos de uma das secretárias, mas sequer comentou do tema com o pessoal da sala. O tema da conversa, em tom informal, foi sobre a situação dos seus filhos até se despedir pensativo e sem companhia. Detalhe: todo esse processo durou menos de dois minutos.