Infectologista da Unicamp alerta: Guarani e clubes de todo o Brasil precisam repensar o modo de utilização dos seus vestiários

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A infectologista da Unicamp, Rachel Stucchi, considera que o Guarani e os clubes de futebol do Brasileiro deveriam reavaliar o uso que fazem de seus vestiários nesta época de pandemia do novo coronavirus.

Como são ambientes em sua maioria ambientes fechados e em alguns casos com pouca ventilação, a chance de propagar o vírus é muito relevante.”São ambientes fechados e o risco é muito grande”, disse a médica a reportagem do Só Dérbi.

De acordo com pesquisas conduzidas por autoridades sanitárias de diversos países e pela Organização Mundial de Mundial, pessoas que entram em contato com contaminados pelo vírus só correm risco menor de contágio se esse encontrar durar menos de 15 minutos, o que faz com que isso seja inviável nos vestiários, em que a interação é de longa duração.

Qual a saída? Segundo a médica, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia, o padrão de comportamento ideal seria aquilo que se viu no início da pandemia em clubes como Grêmio e Internacional, quando os jogadores compareciam às atividades já vestidos e após a atividades já se dirigiam as suas casas para tomar banho e com isso evitar a interação dentro do vestiário. “Sem contar que existiria preservação outras pessoas que entram em contato com os jogadores e que dependendo de sua condição de saúde podem fazer parte do grupo de risco”, disse.

A orientação da infectologista é feita em cima de resolução da CDC e que afirma que após quinze minutos de contato com alguém contaminado o risco cresce exponencialmente. (veja o texto em inglês aqui).

Responsável pela formulação do documento, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) é uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, sediada no Condado de DeKalb, Geórgia, Estados Unidos, adjacente ao campus da Emory University e a leste da cidade de Atlanta. O instituto funciona desde 1946.

Guarani, Ponte Preta e clubes de todas as divisões do futebol brasileiro adotam os procedimentos determinados pelo protocolo estipulado pela Confederação Brasileira de Futebol.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior-foto Thomaz Marostegan-Guaranipress )