Em comunicado publicado em site oficial na manhã deste domingo, o Guarani anunciou que tomará medidas contra os jogadores que por uma acaso quebraram as regras de isolamento, algo comprovado por vídeos que circulam nas redes sociais. “O Guarani Futebol Clube se posiciona absolutamente contrário e constrangido diante dos fatos que se tornam públicos em vídeos e imagens compartilhados pelas redes sociais onde atletas profissionais demonstram ignorar o momento de exceção trazido pela pandemia do Coronavírus, e agravados ainda mais por um surto em nosso elenco que expôs o clube e os próprios atletas aos fatos ocorridos na última quinta-feira em Cuiabá-MT”, afirmou o texto publicado.
Quem está antenado sabe que o recado tem destino certo. Primeiramente para Junior Todinho, que foi flagrado em duas oportunidades diferentes em festas com aglomerações e em ambientes fechados. Na segunda saída, ele estava acompanhado do volante Lucas Abreu.
Também não há ignorar o comportamento do lateral-direito e atacante Pablo que participou no dia 29 de dezembro de um culto na Igreja Evangélica Familia da Fé, local que realiza cultos presenciais e com presença de público, algo que no fundo não é recomendado pelas autoridades sanitárias responsáveis. (veja abaixo o vídeo a partir do minuto 43). Nem preciso dizer da inconveniência da atitude tomada por Pablo como também do equívoco adotado pelo próprio líder religioso. Neste momento não existe nada mais sintonizado com os preceitos de Deus do que a preservação da vida humana e se isso se faz com o mínimo de saídas possíveis da residência de qualquer pessoa. Não sou eu quem diz isso e sim as autoridades da Organização Mundial de Saúde.
Não sei o que vai acontecer com os atletas. Entendo que tudo é permitido, mas nem tudo convém como diz o apóstolo Paulo. Quero analisar dois aspectos.
Estes três atletas pelas evidências cometeram ato falho. Gravissimo. Especialmente porque sabemos da existência de uma cepa do vírus e com poder de transmissão muito mais rápido. Apesar de receberam salários de médio e pequeno porte, esses jogadores de futebol têm uma condição de vida muito melhor que a maioria dos trabalhadores. E não consigo assimilar o conceito que eles só conseguem se divertir em um churrasco ou em bares e boates com aglomerações. E a leitura de um bom livro? E filmes e séries por canais de streaming? Está com saudade de conversar? Simples: utilize o zoom, o google meting e troque uma ideia com quem deseja? Porque a diversão tem que estar atrelada ao risco? O que justifica?
Reforço ao aplauso ao esforço dos jogadores diante do quadro adverso vivido em Cuiabá. Solidariedade sim. Porém, o mínimo que a torcida pede é um pouco de responsabilidade. Não só para preservação da marca Guarani, mas também pela preservação da vida de quem está ao redor. Não custa nada ser diferente e responsável. Basta querer.
(Elias Aredes Junior)
Confira o vídeo em que o lateral direito Pablo participa de um Culto Evangélico. O jogador aparece a partir do minuto 43