A decisão tomada pela desembargadora Gláucia Zuccari, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro nesta sexta-feira e que suspendeu a decisão que liberava o volante e zagueiro Bruno Silva do Vasco da Gama deveria servir de alerta não só ao Guarani, mas para o próprio mundo do futebol, que anteriormente considerava como “favas contadas” um jogador que conseguia passe livre na Justiça. Não é mais assim.
Antenada ou não com as normas da Reforma Trabalhista, o fato é que a resolução da magistrada afirma que o jogador não sofreu resquício de atraso no pagamento de salários e que os rendimentos do jogador eram sempre mais vantajosos.
Pior: em sua defesa, o Vasco da Gama alegou que o atleta “faltou com a lealdade e a boa-fé, usou da própria torpeza e cometeu abuso de direito, ao alegar que houve sucessivas renovações de contrato, quando os contratos foram distintos, com valor de salário em sensível progressão, o que demonstra a insinceridade da alegada existência de mora do FGTS igual ou superior a três meses”.
Em contato com a reportagem do Só Dérbi, a diretoria do Guarani afirmou que confia no relacionamento com o Vasco para chegar a um acordo, mas precisa ser notificado para tomar uma atitude.