Ligação direta, ausência de compactação, erros de passe: o que precisa evoluir na Ponte Preta?

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A ausência de vitórias e a lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro evidenciam um problema crônico na Ponte Preta: ela não gosta da bola. Quando utilizo tal expressão, não faço de maneira depreciativa e sim para explicar a dificuldade para transpor aquilo que é treinado para aquilo que ocorre no gramado.

Com três zagueiros ou na atual configuração tática, percebe-se a intenção de montar uma equipe que controle a bola minimamente e trabalhe pelas laterais do campo. De preferência com a participação dos armadores. Afinal, hoje existe um finalizador nato no gramado, que é Rodrigão.

O que não dá certo?

Primeiro que, em muitas passagens dos jogos, a compactação não é a ideal. Com os jogadores distantes uns dos outros é natural a insegurança para dar um passe vertical, que coloque o companheiro em boas condições.

Perceba como isso é nítido quando Dahwan para marcar e entrega da bola nem tanto. Mas quantas vezes existem companheiros bem posicionados? Para completar o enredo errático, Vini Locatelli, em alguns momentos não faz a transição que se espera de um segundo volante e em outros demonstra lentidão e uma distração inexplicáveis.

Consequência: zagueiros ou volantes abusam do lançamento longo ou da pura ligação para acionar o ala (ou ponta de plantão) ou simplesmente para livrar-se da marcação feita pelo oponente na saída de bola.

O time da Ponte Preta é limitado. O elenco exibe opções paupérrimas. Ainda existe margem de manobra e de melhora. Cabe aos jogadores e ao técnico Gilson Kleina encontrarem o caminho das pedras.

(Elias Aredes Junior-foto de Volmer Perez- GE Brasil-divulgação)