Minutos antes do treinamento fechado à imprensa no Brinco de Ouro, última atividade do Guarani antes da decisão diante do XV de Piracicaba, o técnico Umberto Louzer avaliou a provável escalação que deve mandar a campo na quarta-feira.
“É claro que nós temos que ter planejamento e estratégia. Vamos enfrentar um adversário qualificado e que vem de boa sequência sem derrota. O XV merece todo o nosso respeito. Estamos trabalhando e estudando bastante para conseguirmos a vitória e o acesso. Em relação à formatação da equipe, estou analisando quem equipe vai a campo. É preciso ter a melhor estrutura possível para coroar este trabalho com a classificação à Série A1”, declarou.
A tendência, porém, é que a equipe do jogo de ida seja repetida: Bruno Brígido; Lenon, Philipe Maia, Fernando Lombardi e Marcílio; Baraka e Ricardinho; Bruno Nazário, Rondinelly e Erik; Bruno Mendes.
Questionado em entrevista coletiva se o Bugre é o favorito do confronto, o comandante não fugiu da responsabilidade. “O Guarani tem que subir este ano. É uma carga de responsabilidade grande, mas é um orgulho trabalhar aqui. Isso me faz crescer. Estou há três meses como técnico e espero sair com o acesso”, disse.
“No Brinco de Ouro, temos que nos impor com equilíbrio na defesa. Vamos jogar diante de um time experiente e muito bem organizado. Vejo o futebol como jogo de imposição e organização. Estamos nos credenciando para retornar à primeira divisão, de onde não deveríamos ter saído. Amanhã tenho certeza que é casa cheia, esperamos contar com este apoio da arquibancada, o que é muito importante para gente. Nossos atletas são sabedores do que é preciso ser feito”, concluiu.
VEJA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA:
PROVOCAÇÕES. COMO LIDAR?
“O Fabinho é atleta experiente e tenta tirar proveito dessas artimanhas. Peço aos atletas focarem no que precisa ser feito com e sem a bola, esquecer qualquer tipo de provocação. É preciso inteligência emocional e equilíbrio para não reagir às provocações. Assim, vamos colocar em prática aquilo que temos feito desde o início do ano”.
CLIMA DE DECISÃO ATRAPALHA?
“A atmosfera é essa, final de campeonato e vale acesso, o que todos os 16 participantes queriam desde o começo. Ao meu ver, demoramos para entender o contexto do jogo em Piracicaba. Pude passar o vídeo e conversamos. Lá não encurtamos as ações do adversário. Não tivemos posse bola de bola no primeiro tempo”.
PROBLEMAS NA IDA AO ESTÁDIO:
“Tivemos que chegar por outro caminho ao Barão de Serra Negra, mas infelizmente é cultura no país. Muitas latas de cerveja e pedras foram jogadas no ônibus. Nem digo que são torcedores. É a rivalidade, mas tem que respeitar as pessoas. Isso pode machucar, cegar e gera algum tipo de dificuldade”.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)