Ao rebater as acusações de que teria desviado recursos da Ponte Preta durante o seu mandato, o ex-presidente Márcio Della Volpe aproveitou a entrevista coletiva realizada na manhã de hoje em Campinas para anunciar que será candidato as eleições a presidência da Macaca em pleito programado para o final do ano que vem. “Serei candidato a presidente, vamos lutar na Justiça e ganharemos as eleições”, disse o ex-dirigente e empresário em entrevista posterior a Rádio Bandeirantes. “O primeiro ponto agora é retomar os direitos como conselheiro nato da Ponte Preta e disputar as eleições. Na questão da ação civil vamos conversar com os nossos advogados para tratar desse assunto. Foi uma decisão política”, disparou.
Quanto as acusações que envolvem as negociações com o volante Alef, o atacante Ratão e o armador Renato Cajá, disse que todas as negociações foram realizadas dentro da legalidade e de acordo com o estatuto. Segundo ele, alguns pagamentos não necessitavam de uma segunda assinatura. “Alguns documentos não eram obrigatórios a assinatura do Vanderlei Pereira, na época diretor tesoureiro e agora presidente). E outros não eram e ficavam submetidos ao departamento jurídico”, afirmou Della Volpe.
Um dos casos explicados minuciosamente por Della Volpe foi quanto a chegada de Renato Cajá para a disputa da Série B. Na ocasião, a Macaca ficou responsável por parte do salário e a outra parte ficaria com o empresário Fernando Garcia, responsável por seis cheques de R$ 85 mil. De acordo com ele, um dos cheques do empresário foi depositado em sua conta juridica porque anteriormente ele tinha utilizado recursos próprios para viabilizar a liberação do atleta do futebol chinês. “Fiz a cobertura do cheque com os recursos . O Fernando Garcia sustou o cheque em virtude da minha saída do clube”, afirmou Della Volpe. A Ponte Preta deverá divulgar nota a respeito do assunto ainda nesta quinta-feira (04).
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior- foto gentilmente cedida por Pedro Orioli)