Maria Luiza Volta, a pontepretana que é mãe dentro e fora do Majestoso

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O sonho de toda criança é entrar no gramado junto com seu ídolo do coração. Sentir a emoção de ver as arquibancadas em ebulição e festa. Na Ponte Preta não é diferente. Todos os jogos no Estádio Moisés Lucarelli, centenas de crianças disputam um lugar para desfrutar deste instante único. O que pouca gente sabe é que essas crianças têm uma “mãe”. Que pode não ser de sangue e com exame de DNA comprovado, mas que dedica a elas o mesmo carinho, compreensão que as originais. Falo da aposentada Maria Luiza Volta, de 67 anos (na foto da capa que ilustra a matéria ela está á direita. Na esquerda está sua irmã Dalva).

É uma personagem emblemática e conhecida no Majestoso. Nos dias de jogos oficiais, é uma das primeiras a chegar. Fica sentada de modo discreto em uma mesa, próxima do portão de entrada ao gramado junto com outras voluntárias da Macaca. É encarregada de receber os garotos prestes a realizarem o desejo de entrarem no gramado com seus ídolos. Não abre mão de sua autoridade. Qualquer indisciplina ou atitude inconveniente dos garotos Luiza chama atenção. Com carinho e cuidado, mas não fica em cima do muro. De quebra, junto com as outras voluntárias, Luiza improvisa uma “pelada” informal para que as crianças tenham alguma distração antes da entrada no gramado.

Após a cerimônia de entrada dos times, a sua prioridade é entregar cada criança para o respectivo responsável. Terminada a tarefa, Maria Luiza vai para a arquibancada e sofre e torce por sua filha querida, a Ponte Preta.

É íntima dos assentos do Majestoso. Já assistiu vitórias, derrotas, conquistas e feitos que á primeira vista pareciam impossíveis. Acompanhou a Macaquinha em caravanas e jornadas desgastantes, pois não podia ignorar a “filha querida”, aquela que segundo suas próprias declarações em rodas de amigos é uma de suas razões de viver.

Neste Dia das Mães, Maria Luiza prepara-se para uma nova luta, o Campeonato Brasileiro. Não está sozinha. Além dos amigos de fé e de arquibancada, a família de sangue não abandona nem Luiza e muito menos a Macaca. Além dela, sua irmã Dalva Volta, 75 anos, a filha Graziela de Andrade Reginaldo, 33 e a neta Milene de Andrade Reginaldo, 15 anos, são pontepretanas e frequentadoras do Majestoso. Prova de que a paixão pode ser transmitida de geração em geração.

Feliz Dias das Mães as torcedoras da Macaca.

(análise feita por Elias Aredes Junior)