Não sou de reivindicar demissão de técnico. Posso, isso sim, apontar equívocos e sugerir caminhos. Essa é a função de qualquer cronista esportivo. Vamos de início: Mauricio Souza é bom treinador. Seria extrema incoerência espalhar que o sujeito é incompetente devido a duas derrotas na Série C.
No Campeonato Paulista, ele driblou a ausência de um armador no Guarani com duas providências: a construção de jogo a partir do volante Nathan Camargo e com os gols de João Marcelo. Misturou muito espírito de luta e dedicação e ganhou jogos-chave contra Botafogo-SP, Noroeste, Água Santa, colheu empates com Internacional de Limeira, Novorizontino, Velo Clube, Corinthians e derrotas para Mirassol, Palmeiras e São Paulo construíram uma campanha digna. Não sonhou com classificação, mas não flertou com rebaixamento.
Na Série C, os 180 minutos iniciais escancaram a necessidade de mudança de rota. A terceirona nacional é uma competição calcada pela força física e encurtamento dos espaços. Se pegarmos o elenco bugrino, o que prevalece são jogadores mais leves e que perde na disputa com oponentes preparados para disputa das terceirona.
Providências? Jogar na retranca. Atuar por uma bola e colocar mais jogadores com capacidade física e que tenham possibilidade de ganhar na disputa. Fora disso, não há saída)
(Artigo escrito por Elias Aredes Junior-Foto de Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC)