No Dias das Mães, uma homenagem para Cristina e Michelle. Motivo: elas adotaram o Guarani como filhos. Para sempre

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O Guarani não morreu por causa de sua torcida. Esta frase está presente em qualquer análise que se faça em relação ao time que conviveu nos últimos anos com rebaixamentos, desmandos administrativos e decepções no gramado. É uma teoria correta e que por vezes precisa ser personalizada. Até para que todos compreendam e entendam até que ponto um amor pelo clube pode interferir positivamente na sua criação moral e condução de sua família. Nestes anos como cronista esportiva, tal teoria encaixa-se com perfeição na dona de casa Cristina Masotti (na capa, é a primeira da direita para a esquerda).

Sua história produziria um roteiro emocionante. Perdeu o marido em 1998 e teve que criar no peito e na raça os filhos. Sempre com amor maternal e paixão pelo Guarani. Dois sentimentos que não eram desconectados. Comparecia nas arquibancadas e passou a ajudar no dia a dia do clube.

Conheci “dona Cristina” em 2008, época da campanha de acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro. Ficava no clube boa parte do dia e auxiliava em todos os departamentos, seja no social e até no futebol profissional. Seu jeito alegre e por vezes desbocado cativou os profissionais de imprensa que cobriam o cotidiano do clube.

Não era apenas uma bugrina focada em colaborar. Era “mãe” em tempo integral. Não só com os funcionários do clube como também com a própria filha, a jornalista Michelle Masotti (na foto da capa, é a segunda da direita para a esquerda).

Assessora de imprensa naqueles tempos bicudos, Michelle tratava o Guarani como autêntico filho. Defendia quando considerava que as críticas eram injustas; dedicava-se ao seu ofício com afinco como quem espera o filho tirar uma nota 10 com louvor. Quando conviveu com reprovações do aluno querido (os rebaixamentos), Michele nunca deixou o seu sofrimento como torcedora invadir a sua seara profissional.

Hoje, neste dia das mães, a jornalista Michele Masotti prepara-se para começar a desfrutar da experiência materna de modo real. Está grávida do seu primeiro filho, fruto do casamento com o ex-centroavante bugrino Fernando Gaúcho. “Dona Cristina”, por sua vez, prepara-se para transferir o seu amor bugrino ao herdeiro.

Algo, no entanto, é imutável: para Cristina e Michele, o Guarani será o filho querido  e especial, aquele que sempre terá o colo e a meiguice tão necessárias em tempos de dificuldades. Feliz Dia das Mães a elas e as torcedoras bugrinas.

(análise feita por Elias Aredes Junior)