No último dia de janela, Lucca vê ida para França mais distante e centraliza expectativas na Ponte

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A quinta-feira é de sentimentos à flor da pele para Lucca. Pela primeira vez, o atacante tem a possibilidade de atuar na Europa – seu sonho de infância. O futebol apresentado pela Ponte Preta chamou a atenção do futebol francês. Não só dos europeus, na verdade. Um clube árabe também o colocou na mira. E tem futuro ainda indefinido há poucas horas do fechamento da janela de transferências para os principais mercados europeus, mas ainda terá um mês para decidir se irá para Ásia ocidental. O mais curioso é que tudo isso ocorre em um momento no qual não consegue balançar as redes.

Após se destacar na campanha finalista no Paulistão e no primeiro turno do Brasileirão, as atuações pela Macaca mantiveram o radar de clubes do exterior no jogador de 29 anos do Corinthians e que está emprestado ao time da Ponte até dezembro. A ideia da diretoria corintiana era ouvir propostas de, no mínimo, 6 milhões de euros (R$ 22,7 milhões). O clube, que possui 60% de direitos econômicos, ficaria com 3,6 milhões de euros (R$ 13,6 milhões). Cruzeiro e Criciúma também teriam porcentagem numa negociação

O primeiro interessado foi o Bordeaux, mas a equipe ficou apenas na fase de sondagem. Quem oficializou a proposta também foi um clube francês: o Nantes. A primeiro proposta, feito no início do mês, era de R$ 13 milhões e não agradou ao presidente Roberto de Andrade. A três dias do fechamento da janela de transferências, o empresário Fernando Garcia convenceu o Corinthians a diminuir a pedida para R$ 17 milhões. Nantes e um novo clube, do mundo árabe, continuaram as conversas, mas o técnico do clube francês, Claudio Ranieri, autorizou um investimento de no máximo R$ 15 milhões.

A expectativa ecoa no vestiário pontepretano. O grupo deseja que Lucca prossiga pelo menos até o final do Campeonato Brasileiro para ajudar especialmente o clube a se distanciar da zona de rebaixamento. A decisão ficou nas mãos do jogador e a família prioriza ir para a França, mas esbarra nas indecisões dos detentores dos direitos econômicos.

Em meio ao turbilhão que envolve Lucca, o atacante passa por um jejum na Ponte Preta. O último gol foi há mais de um mês. Trinta e quatro dias mais especificamente, quando garantiu a vitória por 3 a 1 sobre o Sol de América, em 26 de julho. Desde então, são cinco jogos sem balançar as redes. O atleta admitiu que as transferências atrapalharam na concentração dentro de campo.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)