Nova direção da Ponte Preta e sua democracia com jeito de “paz de cemitério”

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O presidente do Conselho Deliberativo da Ponte Preta, Tagino Alves dos Santos e o comandante da diretoria executiva, Sebastião Arcanjo, o Tiaozinho, instituíram um novo tipo de democracia.

Poderia intitula-la de paz de cemitério.

E por um motivo: o outro lado não fala porque está morto e trucidado.  Uma estratégia que tem mais cara de uma esquerda socialista soviética das décadas de 1950 e 1960 do que a social democracia que sabe conviver com as divergências e diferenças.

Basta um pouco de conhecimento de política e de conhecimento de disputa de poder para chegar a tal conclusão após fazer a leitura da nota colocada no site oficial.

A nota já diz em clima ufanista que a reunião ocorreu em clima calmo e cordial. Ora, se as reuniões anteriores aconteceram com tumulto e confusão tudo isso aconteceu em parte pelas trapalhadas da antiga administração e também pela disposição de bagunçar o coreto por parte da antiga oposição, da qual o próprio Tiãozinho fazia parte.

O texto, certamente direcionado pela nova administração, traça as novas diretrizes, anuncia a comissões para as áreas de finanças e marketing e revela nomes que subitamente revelaram novamente interesse em participar da nova administração, como Vanderlei Pereira, Giovanni Di Marzio e Eduardo Lacerda. E os antigos ocupantes da diretoria executiva? Sumariamente apagados.

Lógico que eles fracassaram, óbvio que eles falharam e deixaram a desejar na gestão. Uma nota 3,5 como já avaliou este Só Dérbi  Mas se eles fizeram tudo isso é porque o hoje presidente Tiãozinho e os neo aliados atuais avalizaram a entrada dessas pessoas para a vida política da Ponte Preta.

Instituir a “paz de cemitério” nos embates políticos na Ponte Preta pode ser salutar para integrantes do Conselho Deliberativo e da diretoria executiva que só querem ouvir “amém”. Em médio e longo prazo é o caminho para a morte lenta e gradual de um clube que sempre foi conhecido pela troca intensa de ideias e pela propagação de conceito de pertencimento.

Comunidade só é plena quando todos participam e têm voz. Inclusive as pessoas com as quais você discorda. Este conceito básico precisa ser resgatado na Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior)