Jefferson Paulino é o novo goleiro do Guarani. Anunciado até o final do ano. Chegará para disputar posição com Giovanni (atual titular), Klever e Passarelli, que ainda não consegue embalar no Brinco de Ouro e nem atuar em outro centro. Afoitos poderiam dizer sobre a falta de coerência em querer contratar mais um goleiro. Á primeira vista parece uma loucura. Pois eu digo que foi um golaço da atual diretoria de futebol.
Direto ao assunto: Giovanni não tem um desempenho confiável. É esforçado, dedicado, mas durante o Paulistão não mostrou partidas para proporcionar segurança ao time bugrino. Klever? Teve ótima atuação contra o São Paulo e merecia uma atenção. Só que seu passado irregular no Atlético-GO ainda lhe prejudica e muito.
Jefferson chega com 27 pontos e desembarca como melhor goleiro do Campeonato Carioca. Ao contar as fases classificatórias da Taça Guanabara e da Taça Rio, o Bangu teve a melhor defesa com oito gols sofridos e foi a melhor da competição na fase classificatória ao lado do Vasco da Gama. Detalhe: não contam os jogos decisivos. Mesmo assim, é um belo cartão de visitas do arqueiro. Jefferson transmite muito mais confiança pelo histórico do que os atuais arqueiros treinados por Narciso. Como comparação, o Guarani tomou 22 gols em 14 jogos. Média de 1,57. Logico que o sistema defensivo todo deve ser considerado como culpado. Obvio que uma andorinha só não faz verão. Mas será que Jefferson não teve nenhuma participação no desempenho positivo do Bangu e Giovanni não teve culpa nenhuma pela defesa decepcionante do Guarani no Paulistão? Pense.
Mais: A dupla de zaga do Guarani é lenta. Tanto Ferreira como Diego Giaretta. Não é delírio imaginar que muitas vezes serão batidos na velocidade pelos atacantes adversários e o goleiro de plantão terá que se desdobrar para evitar o pior. Os atuais goleiros do Guarani merecem crédito? Com todo o respeito eu digo não. Jefferson, no mínimo, merece um voto de confiança.
O que fazer com Giovanni e Klever? Dentro de parâmetros estabelecidos internamente, escolher um dos dois para rescindir contrato e permitam que siga sua vida profissional. O que não dá é lutar contra as evidências. E essas colocam o novo arqueiro como candidato natural a titularidade.
(Elias Aredes Junior)