O pecado cometido por Louzer e que tirou sua paz na Série B: perdeu o dérbi

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Com 23 pontos na classificação, o Guarani só poderá chegar aos 29 antes do final do primeiro turno.

Não conseguirá entrar na nota de corte exigida para brigar pelo acesso à divisão de elite do futebol nacional.

Ou seja, todos os sinais emitem que a campanha será de manutenção. Somar de 50 a 60 pontos. Poderia ser melhor? Sim. É decepcionante? Com certeza. De quem é a culpa? Por enquanto não é hora de responder, mas um balanço é de bom grado.

A verdade dura, nua e crua é que Umberto Louzer trocou o pneu com o carro em movimento. Perdeu títulos da estirpe de Lennon, Bruno Brígido, Baraka, Bruno Nazário e precisou reciclar. Tudo isso em um campeonato equilibrado, disputado e que não parou para a Copa do Mundo. Não teve tempo para realizar uma inter-temporada.

Os dirigentes fazem juras de amor, os jogadores também e até os funcionários gostam de enaltecer as virtudes de Umberto. Acredito.

Só que neste caminho tortuoso, Umberto cometeu um erro fatal. Pelo menos para o torcedor bugrino: perdeu o dérbi. Pior: não foi um jogo qualquer. Cinco anos sem o clássico, torcida única, título recém-conquistado da Série A2 e jogadores de qualidade perfilados. Doriva, com um esquema tático simples e sem invenções, utilizou-se do contra-ataque para vencer.

Venceu no jogo seguinte? É verdade. Teve boas atuações? Concordo. Só que dentro do torcedor bugrino ainda ficou o recalque, a mágoa de ter presenciado a festa do rival em seu estádio. E na virada do mês a pressão sobre Louzer vai aumentar.

Infelizmente. O dérbi do returno no Majestoso, no dia 25 de agosto, é a oportunidade da virada. Louzer terá que se virar para conseguir a vitória.

Por que? Erroneamente muitos torcedores pontepretanos e bugrinos consideram o dérbi até mais importante que o campeonato. Aposto: com vitória sobre a Ponte Preta, Louzer teria tranquilidade e muitas de suas decisões talvez nem fossem questionadas.

Resumo: a vida de Louzer virou um inferno porque vacilou em 90 minutos. É a crueldade do futebol.

(análise feita por Elias Aredes Junior)