Os desencontros do futebol profissional da Ponte Preta e a demissão de João Paulo Sanchez

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João Paulo Sanchez foi demitido pela Ponte Preta. Chamado ao departamento de Recursos Humanos. Sem qualquer declaração de dirigentes. Fez bom trabalho contra o São Paulo e foi premiado com o bilhete azul. Absurdo. O episódio revela alguns aspectos do modo como a Macaca dirige o seu principal departamento.

Patrão têm três direitos: contratar, promover e demitir. Desde que tudo seja feito com decência e profissionalismo. Com respeito á dignidade humana. A regra não foi atendida na saída de João Paulo Sanchez. Não gostava dele? Não era adequado? A resolução correta seria demiti-lo junto com Mazola Junior e chamar Ângelo Foroni do Sub-23 e Felipe Moreira do Sub-20 para comandar o time contra o São Paulo.

Por que trabalhou mais três dias antes de ser desligado? Mais: a tarefa de comunicar o desligamento não é função do presidente José Armando Abdalla Junior ou do diretor financeiro Gustavo Valio. A tarefa deveria ficar a cargo de Marcelo Barbarotti ou do recém chegado Felipe, seus superiores. Aliás, se todos estavam aqui na segunda-feira porque não tomaram a medida logo após a reapresentação na segunda-feira? Pois é. Ou seja, a Macaca teve duas oportunidades para resolver a questão de maneira pacífica e não fez.

O fato demonstra os desencontros da Ponte Preta no futebol. Deveria definir de uma vez por todas um procedimento para formar treinadores. O candidato começaria pelas categorias inferiores e o último estágio seria o Sub-20. Depois, o profissional ficaria como auxiliar técnico fixo e seria preparado para assumir a equipe no futuro. João Paulo Sanchez era auxiliar de Marcelo Chamusca e foi convidado a ficar. Ou seja, não era da estrutura do clube. E quem já foi e tinha predicados para assumir no futuro, como Leandro Zago foi limado sem mais nem menos.

Sem definir procedimentos claros de gestão, a estabilidade no departamento de futebol pontepretano será miragem.

(análise feita por Elias Aredes Junior)