Palmeron Mendes Filho, um campeão com administração nota 4. Acredite: poderia ser pior!

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Alexandre Kalil entrou para a história ao conquistar a Libertadores pelo Atlético Mineiro. Juvenal Juvêncio faturou o tricampeonato brasileiro e virou lenda. Paulo Nobre está na galeria de heróis palmeirenses por ter conquistado o Brasileirão de 2016. Ricardo Chuffi é um mito no Guarani. Motivo: a conquista do Brasileirão de 1978.

Antonio Tavares Junior tem o respeito da torcida bugrina pela conquista da Taça de Prata de 1981. Pode um presidente conquistar um titulo e ser impopular? A façanha cabe a Palmeron Mendes Filho, que por tal administração equivocada deveria receber uma nota 4,0. Ganha um ponto pela conquista da Série A-2. Ou seja, poderia ser pior.

Pense: conquistar o titulo da Série A-2 de 2018 não foi pouca coisa. A equipe vinha de anos difíceis, dificuldades financeiras e uma falta de infra-estrutura que parecia crônica. Ao levantar o troféu, Palmeron Mendes deveria gozar de blindagem eterna.

Queimou o capital em tempo recorde. Brigou com todas as alas políticas do clube, estabeleceu a terceirização do futebol como mantra e de quebra deixou o clube sem proteção e parcerias concretas após romper com Nenê Zini.

Por ser o chefe do poder executivo, Palmeron Mendes Filho deveria portar-se como estadista e acalmar as dissidências. Jamais insuflá-las. Entrou na Justiça para assegurar o direito de sua chapa participar das eleições do Conselho Deliberativo e no final das contas deixou o clube até sem conselho fiscal.

Hoje, o Guarani encontra-se na zona do rebaixamento e a torcida em sua maioria culpa muito mais Palmeron e seus companheiros de Conselho de Administração do que o ex-técnico Vinicius Eutrópio e os jogadores. Convenhamos: é uma façanha.

Palmeron teria tudo para entrar pela porta da frente na história do Guarani. A impressão que ficará é que a conquista da Série A-2 foi um acidente de percurso e nunca fruto de uma gestão profissional e com capacidade de aglutinar até alas contrárias. Uma pena.

(Análise feita por Elias Aredes Junior)