Hoje no Paraná Clube, o zagueiro Fabrício jogou no Guarani em 2018. Foi figura importante para o time treinado por Umberto Louzer alcançasse a nona posição. Saiu para o futebol mexicano e entrou na Justiça trabalhista para receber os seus direitos.
Levou a melhor na primeira instância. A juíza Érica Escarassatte, da 12ª Vara do Trabalho de Campinas decidiu que o clube campineiro terá que pagar R$ 80 mil. Cabe recurso? Cabe. Mas o assunto é outro.
Clubes de futebol no Brasil são instituições comunitárias. Fazem parte da identidade de uma cidade. Quem assume a agremiação deveria ter o cuidado de, antes de tudo, o zelo e o cuidado de preparar as próximas gerações e o futuro.
O que ações como as que Fabricio ganhou revelam o básico: o Guarani contou com dirigentes que nos últimos 20 anos, salvo exceções, nunca ficaram preocupados com o dia de amanhã.
Se existisse tal cuidado, contratos temerosos não seriam feitos. E todos pensariam duas vezes antes de efetuar o gasto.
Resumo da ópera: quem assumir o Guarani daqui para frente terá a tarefa de garimpar o passado, sobreviver no presente e preparar um futuro mais saudável. Não é fácil.
(Elias Aredes Junior)