Já trabalhei e prestei serviços em diversas áreas. Lidei com pessoas e ambientes diferenciados. Devemos bancar a nossa essência e respeitar aquilo que é individual de cada um. Senão, a resistência e a rejeição prevalecerem é questão de tempo.
A introdução inicial é feita para o técnico Marcelo Chamusca. Competente, estudioso, com bons resultados no mundo da bola, mas que não sabe no local em que está. Em pouco tempo de estadia, parece determinado a pisar em dogmas e conceitos enraizados na Ponte Preta.
Veja, por exemplo, uma resposta sua na entrevista coletiva. “Fui contratado porque o time já vinha em uma sequência negativa. Para mim, seria fácil manter tudo o que vinha sendo feito, eu poderia até transferir a responsabilidade para o trabalho anterior dessa forma, mas eu tenho ética e respeito o profissional que saiu, que conseguiu evoluir e crescer na tabela. Tenho que chegar e trabalhar dentro da minha convicção. Estou aqui para reverter uma situação que não foi construída por mim e estou fazendo de tudo, vivendo esse clube 24 horas, para mudar a situação”.
Marcelo Chamusca tem noção de que ele substituiu alguém que não era uma pessoa qualquer para o torcedor pontepretano? Será que ele não percebe que, na média, a arquibancada considera que João Brigatti fez muito além daquilo que poderia fazer? Apesar de tentar remediar o quadro, o fato é que a declaração ficou com a impressão de que o trabalho de Brigatti foi atingido.
Deveria entender que o momento não é de fazer ilações, e sim de arregaçar as mangas e trabalhar. E provar que seu trabalho pode ser satisfatório em pontuação como em desempenho. Do jeito como conduz o processo, Chamusca só abre a porta para a vaia sobrepor ao aplauso no Moisés Lucarelli quando seu nome for anunciado pelo alto falante.
(análise feita por Elias Aredes Junior)