A Ponte Preta está em busca de um técnico para substituir Eduardo Baptista, demitido na última sexta-feira. Enquanto João Brigatti comanda a equipe de forma interina, a diretoria analisa quatro nomes para assumir o cargo, de acordo com apuração do Só Dérbi.
DORIVA
Atualmente no Novorizontino, dono da terceira melhor campanha no Campeonato Paulista, Doriva dirigiu a Alvinegra em 2015. Na ocasião, entre Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana, somou 15 jogos, com seis vitórias, cinco empates, quatro derrotas e 51,1% de aproveitamento. O contrato do treinador foi rescindido com a Macaca após proposta do São Paulo para substituir Juan Carlos Osorio. Ao deixar o clube em nono lugar da Série A, no início de outubro, foi duramente criticado por parte da torcida.
“Ainda não houve nenhum contato, mas se houver interesse, depois do Estadual, ficaria feliz em retornar a um lugar onde fui muito feliz. O meu foco, no momento, está nas quartas de final do Paulista”, afirmou.
ANTÔNIO CARLOS ZAGO
O ex-zagueiro, livre no mercado, é outro nome cogitado nos bastidores. Ele soma passagens por São Caetano, Palmeiras, Grêmio Barueri, Mogi Mirim, Vila Nova, Audax Osasco, Juventude, Internacional e Fortaleza, além de anos pela Europa como assistente – Roma (ITA) e Shakhtar Donetsk (UCR).
Procurado pela reportagem do Só Dérbi, o profissional de 48 anos adotou o mesmo discurso. “Não fui procurado por ninguém, mas se houvesse proposta, seria importante. A Ponte Preta tem uma estrutura muito boa, com tradição. Comandar a equipe na Série B seria uma oportunidade interessante para a minha carreira”.
Assim como Doriva, ambos têm em comum o fato de terem trabalho com Ronaldão, diretor de futebol alvinegro, no começo da década de 90 pelo São Paulo.
GUTO FERREIRA
Velho conhecido da torcida pontepretana. Natural de Piracicaba, Guto comanda o Bahia, mas a proximidade com a família pode fazê-lo retornar à região. Ao todo, são 106 jogos e 50 vitórias, entre 2012 e 2015 – foi vice-campeão da Série B em 2014 e eliminado nas quartas de final do Paulistão do ano seguinte.
Os altos salários, porém, são vistos como principal empecilho pela diretoria. O que pode deixar o torcedor esperançoso é o fato de o treinador abandonar trabalhos em andamento. Em 2016, deixou a Chapecoense, na elite do futebol brasileiro, para assumir o Bahia, na divisão inferior. No ano posterior, aceitou a proposta do Internacional, mesmo na Série B, enquanto estava no Tricolor de Aço, na Série A.
“Não fui procurado por nenhum membro da diretoria. Tenho contrato com o Bahia até o final do ano e vou cumprir”, declarou Guto, por telefone.
VANDERLEI LUXEMBURGO
O experiente Vanderlei Luxemburgo também está livre no mercado. Ele volta à pauta dos mandatários campineiros, após ser analisado em março de 2017, depois da queda de Felipe Moreira. Luxa comandou a Ponte Preta no início da década de 90, antes de explodir no cenário nacional. Seu último trabalho foi no Sport Recife – assim como Guto Ferreira, os vencimentos fora da realidade campineira o afasta do Moisés Lucarelli.
Status: é o mais improvável dos quatro candidatos.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa e Eduardo Martins/foto: Mauro Horita)