Mazola Junior é um sujeito de sorte. Sério. Apesar de começar a sofrer criticas iniciais por seu trabalho na Ponte Preta, as perspectivas de melhora são evidentes e cristalinas. Ao contrário de outros profissionais que já passaram pelo Majestoso ele tem um alicerce defensivo que poderá lhe dar tranquilidade para implantar sua metodologia de trabalho.
Convenhamos: a Alvinegra não perdeu da Ferroviária por causa da boa atuação dos zagueiros Renan Fonseca e Reginaldo e do goleiro Ivan. A invencibilidade só foi quebrada aos 32 minutos do segundo tempo na Arena Itaquera porque Fábio Carille acionou Fagner e Jadson a partir do banco de reservas. Com disposição física e técnica deixaram em 667 minutos o recorde pontepretano sem tomar gols.
A cobertura pelas laterais, a eficiência na bola aérea defensiva e a busca do bloqueio na faixa central são qualidades do atual elenco. O problema é quando é necessário tomar iniciativa.
O time não trabalha a bola a partir do campo defensivo, com toque de bola progressivo, treinado e programado. A impressão que é transmitida é que tudo é feito na fase do bumba meu boi. Improviso na veia. Sem perdão.
Poderia ser pior. Já imaginou com este curto tempo de preparo o técnico pontepretano ainda ser forçado a formatar um sistema defensivo eficiente? Ainda há tempo de recuperação. Não custa sonhar.
(análise feita por Elias Aredes Junior)