Ponte Preta e as lições deixadas pelo futebol no caminho da vida

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No último domingo estive presente na decisão do Campeonato Amador RMC 2024. Oportunidade de viver o futebol raiz e conversar com velhos conhecidos. Muitos deles estão integrados ao cotidiano da Ponte Preta. De modo educado e cortês, muitas pessoas fizeram questão de defender a gestão de Marco Antonio Eberlin na presidência. Seus esforços para deixar tudo em dia, a reformulação da estrutura, a luta para nada atrapalhar o dia a dia da agremiação.

Em determinado momento, um dos presentes garantiu a este jornalista que o atual elenco e suas consequentes falhas e equívocos na parte técnica não pode ser colocada em cima dos ombros do presidente. Todas as contratações, segundo essas pessoas, foram feitas e pesquisadas por João Brigatti. Deixo claro: a qualidade dos atletas escolhidos não é terra arrasada. Longe disso. Só que poderia ser melhor.

Se por um lado este é um argumento forte para os defensores de Eberlin aliviarem a sua barra, por outro é uma prova cabal de que falta algo no cotidiano do clube.

Evidente que em seu posto de presidente Eberlin deve ser cobrado. Por situação e oposição. Mas ninguém é onipresente. É impossível exibir excelência as 24 horas do dia cuidando de todos os assuntos e temas de uma instituição com 123 anos de existência. Sempre fica algo para trás.

Eberlin pode não gostar, mas um Executivo ou alguém forte no futebol poderia produzir vantagens para ele. Auxilio na captação de jogadores, na condução do departamento, na interlocução com os outros setores do clube e daria liberdade para Eberlin cuidar de maneira eficiente das outras tarefas do cargo.

Sim, Eberlin não aprecia o cargo e certamente tem milhares de argumentos contrários. Mas a montagem do atual elenco deveria servir de reflexão sobre a validade de um auxiliador. Pelo bem da Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior com foto de Pontepress)