Ponte Preta e categorias de base: quando vai acabar a incompetência? Por André Gonçalves

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Ser eliminado precocemente da Copa São Paulo de Juniores é o menor dos problemas. Reafirmo o que penso sobre o futebol de base: a razão da sua existência é suprir o profissional.

Por isso a questão principal não é a falta de título e sim a de atletas que possam ser mesclados com as contratações de jogadores experientes.

Historicamente, antes de ir ao “mercado”, a Macaca olhava com carinho para sua base e aproveitava ao máximo sua produção caseira.

Hoje prioriza contratar as jovens promessas mas de outros times. Há anos priorizamos valorizar jogadores (apostas) de terceiros e nos “esquecemos” que também temos apostas no nosso “quintal”.

Dos times históricos da Ponte  (1969, 1977, 1979, 1981, 1983, 2008), vejam quantos atletas da base estavam inseridos no profissional.

A Lei Pelé impôs alguns desafios mas o Santos, por exemplo, não deixou de formar e fazer ótimos negócios com sua base. É questão de querer e se capacitar a esse propósito.

Fácil não é! Se fosse, existiram centenas de clubes fazendo! Mas se você (profissional ou clube) está inserido no meio, deveria ter essa capacidade.

Sou da opinião de que enquanto continuarmos patinando na base, podemos elevar nosso orçamento aos R$ 100 milhões que não conseguiremos o sucesso que tanto esperamos.

Por isso, a mudança de mentalidade é fundamental para atingir objetivos no futuro e enfim mudar de patamar.

Isso também passa pela melhoria das estruturas físicas – Centro de Treinamento, Fisioterapia, Departamento Médico, etc – e parar de pensar em Arena.

Clubes que estão evoluindo tiveram como prioridade melhorar as condições de trabalho e modernização de suas estruturas e depois disso vieram a pensar em novo estádio.

Para pensar: dos *24 no plantel profissional, quatro vieram da base. Três deles são goleiros. Um deles tem 28 anos (Renan Fonseca).

(análise feita por André Gonçalves: Especial para o Só Dérbi)

*Dado com Base na reportagem do Globoesporte.com