Ponte Preta perde dois mandos de jogos. É hora de produzir um processo de educação ao torcedor

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O dia foi distante de ser agradável para a Ponte Preta no STJD. A equipe tomou duas perdas de mando de campo e uma multa de R$ 50 mil pela invasão ao gramado do Majestoso após a finalização da vitória por 2 a 0 sobre o Londrina, no dia 25 de outubro. Tem ainda multas que totalizam R$ 21 mil em virtude de show pirotécnico, excedente de crianças dentro do gramado e outras infrações.

Em 2017, os torcedores ficaram revoltados com a derrota para o Vitória (BA). Perda de mando. Confusão com a Polícia Militar no ano passado? Sem a possibilidade de jogar com torcida diante do Retrô. Isso sem contar aqueles jogos em Araraquara durante a Série B de 2011. Bem, quando coloca-se o foco sobre confusões registradas com times gigantes, os critérios mudam. Parece que existe uma compreensão maior na hora do julgamento.

Sim, sei que o torcedor guarda no coração a invasão e, no fundo, pouco se importa que os jogadores não levantaram a taça. A Ponte Preta é do torcedor. Jogador é coadjuvante. Ponto final.

Só que infelizmente, o STJD, a CBF, o sistema do futebol brasileiro não pensam assim. Solução: nas próximas conquistas ( e elas virão!) é preciso existir um processo de convencimento ao torcedor. De que extravasar não compensa diante da possibilidade de punição. Mesmo que existam dois pesos e duas medidas.  

É como você namorar uma pessoa oriunda de uma classe econômica superior e vai para um jantar cheio de requintes e etiquetas. Não dá para pegar o frango com a mão ou qualquer pedaço de carne. Vai pegar mal e se bobear, a família que te recebe pode começar a fazer campanha contrária ao relacionamento. Em nome de algo maior, engole-se o sapo e vai em frente.

Invadir o campo e comemorar com pai, irmão, namorado, namorada é algo único. Mas da próxima vez pense que a instituição que você ama pode ser punida. É justo? Injusto? Na dúvida, preserve o que você ama.

(Elias Aredes Junior com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)