Por confusão, Ponte Preta é punida em cinco jogos com portões fechados no Moisés Lucarelli

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A Ponte Preta já sabe as consequências do tumulto generalizado na partida diante do Vitória, no dia 26, no Moisés Lucarelli, que culminou no rebaixamento à Série B. Em julgamento realizado na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, definiu-se que a Macaca vai cumprir cinco jogos de suspensão, com portões fechados no Majestoso, e multa de R$ 30 mil – a pena só é válida para competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O Moisés continua interditado até que seja comprovada segurança adequada para receber partidas oficiais. Caso o dérbi seja agendado para as primeiras rodadas da Série B (entenda-se até a 10ª rodada, aproximadamente), é provável que o clássico campineiro aconteça sem torcida.

O clube corria o risco de perder até 30 mandos de campo pelo ocorrido. O time de Campinas foi denunciado por infração ao artigo 211 “deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização” e ao artigo 213 “por não prevenir e reprimir desordem, invasão e lançamento de objetos”.

O QUE A DEFESA DISSE?

Três representantes do clube acompanharam o caso na capital carioca: João Felipe Artioli (advogado), Giuliano Guerreiro (diretor jurídico) e Gustavo Vallio (diretor financeiro). Diversos argumentos foram utilizados para tentar reduzir a pena: os defensores pediram coerência e compararam a invasão com a do Couto Pereira, em 2009, quando o Coritiba foi rebaixamento. Artioli afirmou que, em Curitiba, houve feriados, ao contrário dos incidentes em Campinas.

Outro pedido feito foi que, se houvesse punição, o clube Alvinegro pudesse jogar com portões fechados no próprio estádio – isso evitaria desgastes com viagens e reduziria as despesas.

O CASO RODRIGO

Se a Ponte Preta saiu no lucro, Rodrigo se deu mal. O zagueiro foi expulso após dar duas “dedadas” no atacante Santiago Tréllez e pegou seis jogos de gancho – a pena máxima prevista. O ex-capitão, por sinal, não vai cumprir a “multa” no time campineiro. Ele já foi liberado pela diretoria na última semana e, mesmo com contrato até o fim de 2018, não faz mais parte do elenco.

O atleta foi enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”. Vale destacar que o defensor não esteve presente para fazer a própria defesa. Não será dessa vez, portanto, que o jogador falará sobre a expulsão polêmica.

NADA MUDA!

Em termos de saldo de gols, nada muda para Ponte Preta e Vitória. Como o duelo foi interrompido antes do fim (aos 38 minutos do 2T), os auditores decidiram manter o placar de 3 a 2 a favor dos baianos.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Matheus Reche)

5 Comentários

  1. Ressalto o bom trabalho do departamento jurídico da Ponte,pelo fato que será cumprido 1/6 da pena maxima prevista (perda de até 30 mandos de jogos).
    Que bom seria se aquele grupo que cometeu a infração refletisse o feito e parassem com atitudes que não resolvem absolutamente NADA!!!

  2. PQP!! Por não ter feridos???? Esta é a “Justiça” do brasil (com letra minúscula mesmo). Quer dizer que neste país só é válido alguma punição quando tem feridos…. vergonhoso!

  3. Não houve feridos pois, a rigor, não houve agressões. Os arruaceiros invadiram (errado) mas não agrediram ninguém (até porque fugiram todos pros vestiários). Punição justa, e o principal atenuante foi que faltou policiamento adequado junto ao alambrado.

  4. Não agrediram porque os jogadores (exceção Aranha que é um dos únicos senão o único que a torcida poupava) sairam correndo, dois dos jogadores aapptanos se refugiaram no vestiário do Vitória. E, aliás, dois jogadores do Vitória nem teriam condições de jogo, um deles machucou o joelho. Fiquei enojado com isto, independente de ser a torcida da AAPP ou não, pois sempre vimos tragédias aos montes que ocorrem no Brasil, e sempre quando há mortes e o Governo resolve algo o que sempre dizem “precisa ter mortes para fazerem algo”. Pobre brasil…