Independente de quem seja escolhido como novo executivo de futebol da Ponte Preta, o ressurgimento do nome de Gustavo Bueno detonou um debate nas ruas e redes sociais. Uma enquete feita por este jornalista na página do Só Dérbi e na sua página pessoal do Facebook deu ampla reprovação ao filho do ex-jogador Dicá. Ao conversar com o amigo e parceiro de profissão Julio Nascimento tomei conhecimento de que na Rádio Bandeirantes, boa parte dos ouvintes aprovaram o nome especulado nos bastidores.
Por que tamanha diferença? Não precisa ser detetive para desvendar o mistério. Aqueles que apoiam Gustavo Bueno fixam sua lembrança especialmente nos seus trabalhos de 2014 a 2016, cujo saldo foi a conquista do acesso na Série B e a oitava colocação na Série A do Brasileirão com Eduardo Baptista. São pessoas que entendem que o desgaste de Gustavo Bueno no ganho deve-se ao desaparecimento dos integrantes da diretoria executiva que se negavam a dar explicações.
O ano de 2017, por sua vez, serve de argumento para os críticos de Gustavo Bueno. Apesar do vice-campeonato paulista e do orçamento de 70 milhões de reais, o ex-dirigente não formou um time competitivo e foi rebaixado. Torcedores até hoje não engolem a queda por entenderem que alguns jogadores não mereciam encontrar-se integrados naquele elenco como Jadson, Naldo, entre outros. Gustavo Bueno ficou na linha da condenação adotou discursos conflitantes, como na época de contratação do zagueiro Rodrigo, que em determinado momento foi descartado e dias depois foi contratado.
Considero que pelo atual momento da Macaca, a chegada de Gustavo Bueno até se justifica pela necessidade de contratar alguém que conheça o clube e tenha rápida adaptação. Um perfil que se encaixa também em Marco Antonio Eberlim, mas que já foi descartado pela diretoria.
Acredito que o ideal, mesmo com todos os riscos embutidos, é a de contratar alguém fora do leque de opções conhecidas da Macaca. Antes de contratar um conhecedor da bola, a Ponte Preta precisa arejar o ambiente e ter contato com novas ideias. Será bom para todos.
(Elias Aredes Junior)