Todos os anos o banco Itaú e a BBA divulgam um relatório em que é feito um raio-x sobre a situação financeira dos clubes brasileiros. É um trabalho minucioso, em que se mostra os motivos que levam os clubes a apresentarem saúde ou debilidade no caixa.
Neste ano, o trabalho veio com 35 clubes analisados. Alguns da Série B, como o América Mineiro e Ponte Preta. Pergunta: por que o Guarani não foi incluído?
Entrei em contato com o economista César Grafietti. Sua explicação é factível e coerente. O trabalho foi iniciado a partir de 2010. O foco foi em cima daquelas equipes e elas seriam seguidas mesmo se fossem rebaixadas para a Série B.
Só existia uma nota de corte: rebaixamento à terceirona. De imediato, o time seria eliminado do trabalho, algo que já ocorreu com Náutico e Criciúma, que já visitaram a terceira divisão. Não poderia ser diferente com o Guarani, que disputou a Série C de 2013 a 2016.
Ele explica: “Tomamos os 20 clubes da Série A daquele ano e fomos adicionando os que vinham da Série B, sem deixar de acompanhar os que caiam. Só excluímos os que acabam na Série C, como o Náutico, Joinville, Criciúma. Adoraria fazer de toda a Série A e B, mas é inviável”, explicou, sem deixar de externar sua torcida. “Torcendo para o Guarani subir e eu incluí-lo no próximo relatório. É uma marca forte. Merece se recuperar”, afirmou o economista.
Esta pequena explicação dele nos remete algo já dito e repetido neste Só Derbi: os anos e anos de incompetência no Guarani produziram frutos amargos. Inclusive sua exclusão dos principais palcos do futebol nacional, seja no gramado ou na parte administrativa. É hora de mudar este roteiro. Antes que seja tarde demais.
(Elias Aredes Junior)