Possível retorno do Conselho de Supervisão detona debate acirrado dentro da Ponte Preta

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A discussão sobre a reforma do Estatuto da Ponte Preta, coordenada por uma comissão presidida por Pedro Politano Neto ganhou um capítulo quente na última segunda feira quando ocorreu o debate para o retorno do Conselho de Supervisão.

O defensor da proposta é o ex-presidente do Conselho Deliberativo e da diretoria executiva Marcos Garcia Costa. Para ele, o retorno da instituição, que esteve presente até inicio deste século serviria dar suporte em casos específicos da diretoria executiva, auxiliar os dirigentes em casos de necessidade do clube, além de regular a entrada e saída de dinheiro.

Pela proposta, o Conselho estipularia a partir de qual quantia deveria ocorrer uma aprovação prévia do Conselho de Supervisão, seja para compra ou venda de jogadores. Todas as ações seriam argumentadas e encaminhadas para o Conselho e diretoria executiva. Como exemplo, ele citou que na decisão do Paulistão de 1981, o Conselho de Supervisão forneceu suporte ao então presidente Edson Aggio para endurecer o jogo para que uma das partidas fosse realizada no estádio Moisés Lucarelli. Uma das hipóteses seria que o Conselho fosse formado por Conselheiros Natos.

O advogado e componente da mesa do Conselho Deliberativo, Pedro Maciel Neto, considera que a ideia não é adequada as necessidades do clube. “Ele (Conselho de Supervisão) foi usado no passado para que “amiguinhos” da diretoria validasse decisões sem passar pelo conselho deliberativo.Sou a favor do fortalecimento e independência do Conselho Deliberativo”, afirmou o advogado que complementa seu pensamento com uma pergunta.  “A fragmentação do poder e esvaziamento do Conselho Deliberativo interessa a quem?”, indagou.

Tanto Marcos Garcia Costa como Pedro Maciel Neto (que esteve presente na reunião como convidado) protagonizaram um debate acalorado sobre o tema, mas no final não existiu conclusão nenhuma a respeito do tema.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)