Prazo expirado, oferta do Criciúma e preocupação com vestiário: Lisca se afasta do Guarani

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A permanência de Lisca no comando do Guarani ficou ainda mais distante. Apesar do desejo público de renovar o contrato com o Bugre, a diretoria não atendeu o prazo solicitado pelo técnico – expirado no último domingo -, que optou por desativar a prioridade ao time campineiro e retomou a negociação com outros clubes. O comandante gaúcho, inclusive, esteve reunido com dirigentes do Criciúma na última segunda-feira e pode optar pelo time catarinense.

O desejo do Tigre é antigo e a sondagem inicial foi realizada após a partida entre Guarani e CRB, pela 35ª rodada da Série B. Na época, Lisca adiou qualquer tipo de conversação por estar centrado na permanência do Bugre na competição, mas deixou claro que a prioridade era de permanecer em Campinas em 2018. Depois, foi a vez do Luverdense, cujo presidente goza de amizade com o treinador, realizar uma consulta informal, mas ele refutou.

Desde a coletiva de imprensa após o empate contra o Luverdense, em jogo válido pela 37ª rodada, Lisca comemorou a permanência na Série B selada e começou a pressionar o presidente Palmeron Mendes Filho para se posicionar. As inúmeras indiretas apontando o desejo de ficar não funcionou, e o Conselho de Administração ignorou o prazo solicitado pela comissão técnica – que esperava voltar do Rio Grande do Sul com o contrato assinado.

A principal preocupação da diretoria bugrina era a administração do vestiário com alguns atletas do elenco que disputou a Série B. Apesar de não admitir publicamente, Lisca não foi unanimidade – apesar de controlar boa parte dos jogadores -, e o estilo explosivo de trabalho levantou dúvidas se o perfil é o correto para a Série A2 do Campeonato Paulista. Além disso, a falta de vivência no futebol paulista é um fator que gera discussão nos bastidores da equipe.

A reunião de Lisca com dirigentes do Criciúma não causou repercussão positiva dentro do departamento de futebol do Guarani. O superintendente Luciano Dias já analisa opções para substitui-lo no cargo, mas não descarta promover Umberto Louzer, que, de acordo com atletas ouvidos pela reportagem, domina o vestiário, ao menos para a primeira parte do semestre de 2018.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

7 Comentários

  1. Não sei o que pensa o CA do Guarani, se quer fazer da série A2 um laboratório . Eu entendo que as principais metas do clube para 2018 são o acesso para a série A1 e a permanência na série B. Não dá para ficar tanto tempo num campeonato deficitário que é a série A2.

    Seria bom essa diretoria trazer um executivo de futebol. Não dá para todo o ano ficar montando 2 times, errando tanto em contratações. É importante a manutenção de uma base. Na própria série A2 o São Caetano conseguiu o acesso pois tinha uma base de pelo menos 2 anos. Trabalho a médio longo prazo.

  2. Será que o Luciano Dias não está fazendo esse papel de executivo de futebol? Pergunto porque não sei, de fato, qual a função dele no clube.

  3. Profeta, segundo informações da imprensa, o Luciano Dias ao lado do Anaílson Neves serão os responsáveis pelo depto de futebol. A gente sabe que o Luciano Dias foi treinador, até ele se adaptar ao cargo, será preciso tempo e mais gente para auxiliá-lo. O Anaílson Neves a gente sabe que a torcida quer a saída dele, porém a diretoria insiste em mantê-lo.

    Fica difícil acreditar no CA, sabendo que a gente teve um bom executivo de futebol no ano passado que foi o, Rodrigo Pastana. Ele nos ajudou com o acesso para a série B no ano passado e esse ano conquistou o acesso para a série A com o Paraná. A gente precisa de um trabalho a médio – longo prazo para ter continuidade, independente da comissão técnica que vier.

    Toda hora monta um elenco de série A2, desmonta tudo, monta outro para a série B, uma hora a corda estoura e todo mundo dança, diretoria, torcida, clube…