Daniel recebeu garantia de continuidade de seu trabalho no Guarani. Declaração de viva voz do presidente Ricardo Moisés. Ele mesmo disse que não gosta da troca constante de treinadores. Apesar de que no ano passado ficou a clara impressão de que o clube sucumbiu perante a pressão das redes sociais e demitiu o técnico Allan All autor de bom trabalho no CRB.
Qual será o padrão desta continuidade? Em que bases? Quais serão as condições disponibilizadas ao técnico? Veja: em termos de infra-estrutura não dá para exigir algo além do Guarani. São tempos bicudos e com recursos escassos. Neste quesito, o foco está em cima dos jogadores escolhidos para fazerem parte do elenco.
Sendo direto: mesmo que seja anunciada a renovação de Giovanni Augusto é evidente que a qualidade do elenco deste ano é inferior ao do ano passado. E só conseguiu render em alguns momentos graças ao trabalho da comissão técnica.
Em 12 jogos é até possível minimizar falhas de concepção de um elenco. Você escolhe uma base titular e vai embora. Agora, o que fazer quando são 38 rodadas. Como assegurar que os reservas terão qualificação? Como transmitir tranquilidade ao torcedor bugrino?
Sim, ele explica e justifica e encaminha argumentos. Mas não há como esquecer do Superintendente Executivo de Futebol Michel Alves. Deveria fazer muito com pouco. Não faz. Pode surpreender? Pode. Mas novamente terá que contar com a má fase de concorrentes gigantes para fazer a diferença. Ou você confia no futebol de Madison? Ou dá para garantir que Leandro Castan terá um companheiro eficiente na zaga?
O que dizer então do setor de criaça? Índio é ótimo para marcar, roubar a bola e ocupar os espaços. Mas é capaz de armar uma jogada e fazer lançamentos contínuos para os atacantes?
Esse é o ponto. É elogiável assegurar a permanência do trabalho e bater no peito para assegurar que não há chance de mudança durante a Série B. Outro cenário é a direção do clube fazer mundos e fundos para que tal permanência seja sacramentada sem sustos. Por enquanto, pelo conjunto da obra, Michel Alves, Ricardo Moisés e os componentes do Conselho de Administração proporcionam mais motivos para Daniel Paulista ficar apreensivo do que aliviado. Tomara que na hora que a bola rolar algo novo e diferença aconteça.