Quando a Ponte Preta vai ganhar por seus próprios méritos ? Felipe Moreira tem a resposta.

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Um dos  males perpetuados na história da crônica esportiva brasileira é de que nada importa além do resultado. Colocar o desempenho em segundo plano abriu espaço para aceitar a mediocridade e a falta de talento. Alguns desfrutam do benefício desta teoria tosca, como o atual técnico da Ponte Preta, Felipe Moreira.

Ganhou do Botafogo de Ribeirão Preto, é verdade, mas excetuando-se um período de 10 minutos da etapa final, o time  esteve longe de convencer. Pelo contrário. O que se viu foi um time guerreiro e determinado mas acoplado a total falta de posicionamento nos setores. Pior: uma equipe que vence por seus próprios méritos. Depende única e exclusivamente do erro dos outros.

Em todos os jogos tal fenômeno aconteceu. Contra a Ferroviária, se não fosse o erro de Leandro Amaro no rebote, o gol de Lucca faria parte do passado e o empate seria degustado de modo amargo. O Campinense entregou a classificação na Copa do Brasil com seus equívocos. Contra o São Paulo, os dois gols surgiram graças a lambança de Sidão no gol inaugurou e a pixotada da zaga no tento anotado por Lucca.

Diante do Botafogo de Ribeirão o filme foi repetido. Pottker teve senso de oportunismo no primeiro gol, mas a falha do zagueiro Filipe e o seu pênalti sobre Lins abriram o caminho da vitória.

Já vivemos mais de 40 dias de trabalho do novo treinador e nenhum torcedor ou analista mais atento viu características básicas de uma equipe coordenada e bem treinada: viradas de jogo pelos lados, toque de bola incisivo no meio-campo, compactação entre os setores para evitar jogadas de velocidade, jogadas ensaiadas para explorar as virtudes dos laterais, deslocamento e movimentação dos volantes para atuarem como elemento surpresa no campo ofensivo ou posicionamento adequado nas jogadas aéreas. Infelizmente não existe nada.

A Macaca somou seis pontos graças aos erros dos oponentes e também á garra e dedicação de seus jogadores, fechados e comprometidos com o treinador. Ou seja, a boleirada faz a sua parte. Cabe a Felipe Moreira fazer a sua, ou seja, viabilizar um time decente e treinado dentro do gramado.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Agência Botafogo)