O empate do Guarani com o CSA não agradou a ninguém. Em sua defesa o técnico Daniel Paulista afirma que o time teve vários desfalques, foi para campo desfigurado e de certa forma isso atrapalhou o rendimento em campo.
Justificativa plausível. Em parte. Todos estão sujeitos a lesões e contusões. Desfalques fazem parte da rotina de uma equipe, seja qual for a divisão.
A explicação, no fundo, esconde um fator primordial: o elenco tem uma qualidade que deixa a desejar.
Basta fazer uma análise criteriosa.
Se na defesa Carlão não comprometeu e Ian Carlo teve boa aparição enquanto esteve em campo, no meio-campo dá para dizer com segurança: não há reservas à altura para Bruno Silva, Rodrigo Andrade e para os armadores Andrigo ou Régis.
Tony, de estilo mais cadenciado e lento parece fora de sintonia quando entra no gramado e o segundo volante reserva é Indio. Não comprometeu diante do CSA? Concordo. Mas ao levar em conta o que ele fez com a camisa do Guarani, o saldo é negativo.
Davó e Lucão do Break serão titulares absolutos no ataque. Questão de tempo. Julio César, Bruno Sávio e até o próprio Allanzinho, recém contratados, serão coadjuvantes.
Outro fato salta aos olhos: a ausência de evolução de Renanzinho e Matheus Souza. Ser oriundo das categorias de base ajuda e muito. Mas precisa mostrar qualidade e protagonismo. Especificamente esses dois atletas quando entram em campo dificilmente produzem um futebol que seja decisivo na construção do resultado.
Se viabilizar uma sequência de jogos na Série B com um time titular base (apesar das atuações irregulares dos goleiros Rafael Martins e Gabriel Mesquita) é possível apostar em uma campanha sem sustos.
Quando precisar dos reservas, o torcedor do Guarani que se prepare: o sobrenatural de Almeida terá que entrar em campo. Haja oração para encontrar talento onde tudo é desértico.
(Elias Aredes Junior- foto Augusto Oliveira-CSA-Divulgação)