Eduardo Baptista tem grande identificação com a Ponte Preta, mas estará do lado oposto neste sábado. Atual treinador do Coritiba, foi demitido pelo presidente José Armando Abdalla Júnior na primeira quinzena de março, após empate sem gols como Red Bull Brasil e, por pouco, não foi o responsável pelo rebaixamento do time no Campeonato Paulista.
O campineiro, por outro lado, coleciona bons momentos por aqui. Teve passagem marcante na melhor campanha da equipe na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro, ainda em 2016, quando alcançou a 8ª colocação com 53 pontos.
Agora no clube paraense, adversário da Macaca no final de semana, no Estádio Couto Pereira, o profissional de 46 anos busca a segunda vitória consecutiva para entrar no G4 da Série B do Campeonato Brasileiro.
Quem conhece Eduardo Baptista muito bem é o interino João Brigatti, auxiliar na segunda passagem do treinador pelo clube. O ex-goleiro acredita que é possível tirar vantagem dos meses em que trabalharam juntos.
“O que leva vantagem é saber como ele vai utilizar os jogadores e como se posicionar em campo. Estudamos bastante o time deles, passamos aos jogadores e espero que tenham aceitado bem isso. A partida será muito difícil, ainda mais no Couto Pereira”, frisou.
Brigatti e Baptista ainda vão protagonizar duelo de personagens do futebol com ótima relação fora das quatro linhas. “O Eduardo é um cara sensacional, excelente treinador, armou bem o Coritiba e a gente aprendeu muito com ele. Vamos por em prática isso. É um jogo difícil, estamos em situação totalmente oposta, em baixa e ele com vitória fora de casa e ânimos à flor da pele”.
“Precisamos buscar alternativas para conseguir a vitória fora de casa. Ele trabalhou aqui por muito tempo, não tem o que esconder, vamos fazer um pouco de mistério, mas pode ter certeza que vamos forte mentalmente para o jogo. Estamos preparados e será uma guerra esportiva”, afirmou.
Eduardo Baptista soma 71 partidas à frente do comando técnico pontepretano, com 23 vitórias, 20 empates e 28 derrotas. Ele deixou o clube pela primeira vez em dezembro de 2016 para acertar com o Palmeiras, de onde demitido em maio do ano seguinte. Eduardo foi repatriado em setembro pelo então presidente Vanderlei Pereira para assumir a vaga de Gilson Kleina, dispensado após derrota para o Atlético-GO, no Majestoso.
Na beira do campo, acumulou insucessos e foi o responsável por dirigir o clube rumo ao rebaixamento. Recebeu duras críticas por bancar a titularidade do zagueiro Rodrigo, pivô da expulsão polêmica na derrota para o Vitória. Apesar da queda, foi mantido pela diretoria para a iniciar a atual temporada ao lado do ex-gerente de futebol, Gustavo Bueno.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)