Redes Sociais, o novo tribunal do futebol campineiro. Não dá para fingir que não existe!

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Assim que a bola começar a rolar, o tormento será instalado na mente de dirigentes, jogadores e integrantes das comissões técnicas de Guarani e Ponte Preta: as redes sociais. Analisam tudo. Criticam todos. Não dão brecha para vacilo. Uma derrota e o caldeirão ferve. Não é para menos. No Guarani, são 85. 439 seguidores no Facebook e 32 mil no Twitter. Na Ponte Preta, são 287.730 que acompanham as noticias pelo Face e outros 191 mil pelo twitter..

Um técnico que já militou no futebol campineiro afirma sem sombra de dúvidas que as redes sociais deixaram o trabalho difícil. Especialmente porque tudo que é discutido nos grupos fechados das torcidas é levado em consideração pelos dirigentes na hora das decisões. E os atuantes no mundo da bola afirmam que na maioria das vezes os vaticínios dos internautas são equivocados e dotados de senso zero de coerência.

É o caso de ignorar as redes sociais? Virar a cara para aquilo que é dito? Não. Jamais. É preciso entender que vivemos um novo tempo. Até meados da década de 1990, Campinas tinha apenas dois juízes para determinar se o trabalho era bom ou ruim. Primeiramente, os resultados. Depois, os radialistas, que dotados de um poder unitário contratavam e derrubavam treinadores. Jornalistas de impresso e televisão eram encarregados de fornecer subsídios para discussão de bar ou na casa dos amigos e influenciavam a opinião pública. Opinião publica que não degustava de uma parca reverberação.

Hoje, tudo mudou. Se existe a sensação de que o presidente de honra Sérgio Carnielli deve sair não é por obra é mérito dos profissionais de imprensa e sim porque as redes sociais, tanto o Facebook como twitter e instagram viraram um canal de expressão da insatisfação das arquibancadas. Essa pressão ganhou ares tão insuportáveis que chegou às reuniões do Conselho Deliberativo. Como ignorar?

No Guarani, se o presidente Palmeron Mendes Filho encontra dificuldades para emplacar a sua proposta de cogestão é pelo fato da resistência ser articulada por intermédio do Whatsapp, Facebook, Instagram e Twitter. Comunicação instantânea que desnorteia dirigentes que, no fundo, ainda estão com a cabeça no Século 21.

Ao invés de reclamarem, Ponte Preta e Guarani precisam se adaptar aos novos tempos. Dirigentes utilizaram com maior assiduidade as redes sociais, interagirem com os torcedores (os educados, diga-se) e entender que uma explicação rápida e imediata colabora para a melhoria de sua credibilidade na opinião pública.

O Século 21 chegou para valer. É preciso aceitar, utilizar e entender.

(análise feita por Elias Aredes Junior)