Durou apenas uma rodada a política de ingresso mais caros para turbinar o programa de Sócio Torcedor do Guarani.
Em associação com uma ONG, os ingressos para o embate com o Vitória (BA), segunda-feira, às 20h, no Brinco de Ouro, serão de R$ 20 e R$ 10 para a cabeceira enquanto serão cobrados os valores de R$ 40 e R$ 20 para vitalícia e setor de visitantes. A cobrança será feita mediante a entrega de um quilo de alimento não perecível.
No confronto diante do Figueirense, a metodologia foi bem diferente, com os valores de R$ 60 e 30 ou de R$ 80 e R$ 40.
Não sabemos se é uma mudança sazonal ou definitiva, mas é uma boa noticia. A diretoria do Guarani demonstra sensibilidade com o quadro reinante no Brasil, de desemprego e carestia.
Não é jogar contra o programa de Sócio Torcedor. É lidar com a realidade. Hoje, dificilmente o torcedor cuja renda mensal é de dois ou três salários mínimos pode firmar um compromisso de pagar uma mensalidade, que na prática lhe tira a compra de uma compra de mantimentos ou o pagamento de outras contas da casa. Futebol é paixão, mas é algo sazonal, para determinado instante. Escolhe-se um jogo no mês e compareça.
Qual a saída? O Guarani apostar em um público flutuante, que vai em determinado jogo e ausenta-se de outro e é de certa maneira substituído por outro que aparece em ocasiões especiais.
Sócio Torcedor? Já falamos que existe dificuldade pela base restrita de torcedores de alto poder aquisitivo. Mas se querem apostar, ótimo. Desde que a economia esteja em boa fase. Não é o caso.
(Elias Aredes Junior)