O presidente do Guarani, Ricardo Moisés, anunciou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva, a promoção de quatro garotos que participaram da última edição da Copa Paulista, competição que o Alviverde já está eliminado.
Os escolhidos são os zagueiros Titi e Bruno, o meia Caio e o lateral-direito Matheus Ludke. Eles se juntam aos laterais Bidu e Eliel, o zagueiro Victor Ramon e o atacante Renanzinho. Se contarmos o goleiro Lucas Cardoso, são nove jogadores oriundos da base. Um belo número, sem dúvida.
E que foi comemorado pelo presidente bugrino. “O principal objetivo do Guarani é a formação de atletas, resgatando o seu DNA. Então conseguimos (na Copa Paulista), com isso, alguns meninos de destaque que estão sendo observados pelo técnico Felipe Conceição e que podem até integrar o elenco profissional do Guarani na Série B. Então deixamos os atletas em atividade e com possibilidade de ajudar na Série B”, afirmou o dirigente.
Felipe Conceição conduz com maestria a parte inicial do plano de revelação de talentos. Em médio prazo, se o processo continuar, o Guarani terá um time mais identificado com a torcida, com folha salarial mais baixa e que se transformará em possibilidade de revenda e com dinheiro nos cofres do clube. Perfeito.
Só que outra parte do plano precisa ser aprimorada, que é a formação do jogador. Exemplo prático: no empate por 3 a 3 com o Cruzeiro, o garoto Victor Ramon foi crucificado. Massacrado nas redes sociais.
Sabe qual a culpa dele? Zero. Repito: zero. Por que? Posições como zagueiro e volante, muito mais importante do que a aptidão, é vital que o garoto recebe as orientações corretas de como se posicionar e os macetes da posição. Isso é ensinado. Se o Victor Ramon não executa, algo deu errado na formado.
E mostra que algo precisa ser corrigido no processo. Até para que novos talentos sejam revelados e que apresentem bons divididos em curto e médio prazo.
(Elias Aredes Junior)