A derrota de Sérgio Carnielli no Conselho Deliberativo e o rompimento definitivo com o diretor financeiro Gustavo Valio e com o presidente José Armando Abdalla pode detonar um sentimento de vingança na direção do empresário, algo surgido no final do encontro realizado no estádio Moises Lucarelli. Correto? Totalmente errado.
Entendo e compreendo a resistência de muitos pontepretanos em relação ao empresário, que de certa forma adotou um distanciamento que gerou incompreensão, revolta e agora um ódio vitaminado cada vez por contratempos no gramado.
Raiva é por vezes a borracha desenfreada da alma. Provoca injustiça. Despeja o equilíbrio do centro da ribalta da vida. Esquecemos que todos nós, sem exceção, somos contraditórios, falhos e sem rumo.
Hoje muitos repudiam Carnielli e Vanderlei Pereira. Estes foram heróis quando por volta de 1997 iniciaram um trabalho que culminou com o acesso em 1997 e que deixou a Macaca na elite nacional até 2006. Como tirar o mérito de Carnielli? O vice-campeonato paulista de 2008, os acessos em 2011 e 2014. Tudo tem o DNA daquele um dia teve uma das equipes mais poderosas do futebol amador de Campinas, a Tecnol.
Não esqueço o caldo de ressentimento criado por ele. Nivaldo Baldo, Marcos Garcia Costa, Márcio Della Volpe, Pedro Antonio Chaib, Marco Antonio Eberlim…Todo mundo tem uma história para contar e se lamentar em relação ao dirigente mais influente da Ponte Preta. Como também existem aqueles que reverenciam o seu nome e feitos.
O presente condena. O passado registra. Se Carnielli realmente confia no seu legado positivo para a Ponte Preta, acredite no julgamento da história. Que nunca falha.
(Elias Aredes Junior)