A estreia do Guarani na Série B do Brasileiro não foi aquilo que todos desejavam. Longe disso. A batida de falta perfeita de Gustagol no último minuto foi um balde de água fria.
Planos desmanchados. Tal cenário não é imutável. O Guarani tem trunfos para vencer o Sampaio Côrrea, conseguir a reabilitação e seguir em frente. E um deles é Umberto Louzer, que a cada dia demonstra uma capacidade ímpar para administrar um grupo de jogadores com interesses heterogêneos.
Veja a entrevista coletiva na Arena Castelão. Ficou nítida a falta, a debilidade ofensiva gerada pelas ausências de Bruno Nazário e Bruno Mendes. Poderia cair na armadilha do lamento. Nada disso. Preferiu enfatizar o aspecto coletivo. “Eu disse a eles que não era desfalque, claro que vínhamos com um padrão fazendo jogos seguidos, a sustentação e o entrosamento são melhores, mas eu disse a eles que não via como desfalque, via como oportunidade e os atletas que tiveram oportunidade para hoje buscaram seu espaço”, completou.
Tacada de mestre. Por encontrar-se cercado pela indefinição de formação do elenco, o treinador bugrino tinha que encontrar uma maneira de viabilizar um discurso que sustentasse a união. Conseguiu. O público pode considerar Nazário e Mendes imprescindíveis, mas internamente todos se sentem valorizados, o que culminou com uma escalação que privilegiou aqueles que roeram o osso da Série A-2 ao invés de promover a estreia de reforços como zagueiro Edson Silva.
Se Oswaldo Alvarez é um dos gurus de Umberto Louzer, digo sem medo de errar: na administração de grupo e motivacional, o aluno tirou 10 com louvor.
(análise feita por Elias Aredes Junior)