Vadão no Guarani: uma performance inesquecível no Paulistão-2012 e vitória no dérbi do século. Resultado: o treinador da década

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Escolher o melhor técnico do Guarani no período de 2011 a 2020 é tarefa árdua. Giba conduziu a equipe a uma recuperação fantástica e assegurou a manutenção na segundona nacional de 2011.

Em 2016, Marcelo Chamusca, focado em suas convicções, levou a equipe ao vice-campeonato na Série C e ao acesso. Umberto Louzer, com estudo e  fala fácil e mansa, assegurou o título da Série A-2. No entanto, tudo isso fica em plano secundário se recordarmos o que Vadão fez pelo Guarani no Campeonato Paulista de 2012. É o técnico da década.

Pegou um time quebrado e atordoado pela crise política. Recuperou jogadores tidos como descartáveis como o zagueiro Neto. Apostou na capacidade de liderança de Domingos. Reconstruiu a confiança de dias melhores ao torcedor bugrino.

Fez dois jogos inesquecíveis. O primeiro nas quartas de final contra o Palmeiras, quando teve em Fumagalli o seu maestro e condutor da vitória. Na sequência, o triunfo precioso: a vitória por 3 a 1 sobre a Ponte Preta e que assegurou a passagem as finais da competição.

Perdeu as duas finais para o Santos? Verdade. Com um futebol ousado, ofensivo, destemido e que lhe assegurou o prêmio de melhor treinador do Paulistão. E do seu jeito, mesmo com alguns erros e equívocos, forjou a base para que em 2018 Louzer conquistasse a A-2. Não esqueça: Bruno Nazário começou a exibir seu futebol na gestão de Vadão na Série A-2, em 2017.

Alguns podem dizer que ele esteve na campanha do rebaixamento na Série B no mesmo ano.

Seria de bom tom lembrar que naquela ocasião, o Guarani passou por crise política profunda, que culminou com saída de presidente. E mesmo assim, quando saiu, Vadão deixou o Alviverde na 14ª posição com 37 pontos. Nos sete jogos restantes, o Guarani somou apenas quatro pontos. Se ele permanecesse talvez a história fosse diferente.

Ao contar suas cinco passagens, foram 204 jogos de Vadão  no comando do Guarani. Os 23 jogos no Paulistão de 2012 foram suficientes para lhe transformar no melhor treinador do Guarani na década. E um dos melhores da história. Merecidamente.

(Elias Aredes Junior)