Vencer e em último caso sobreviver: as opções da Ponte Preta contra o Palmeiras

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Um jogo de futebol envolve fatores diversos. Arbitragem, ambiente, pressão de torcida, talento individual, trabalho tático dos treinadores e o imponderável, esse fator que dá molho a modalidade. A Ponte Preta estará com a obrigação de administrar todos estes componentes no domingo, ás 16 horas, contra o Palmeiras, no estádio Moisés Lucarelli. E nestes 90 minutos iniciais, um pressuposto deve ser colocado em prática: sobrevivência.

A Ponte Preta deposita suas fichas neste primeiro jogo. Quer vencer e construir uma diferença robusta para administrar no Allianz Park. Justo e coerente. Apesar de encontrar-se em boa fase e disciplinado taticamente, o time pontepretano não pode desprezar alguns fatores existentes.

O inicial atende pelo nome de valor individual. A Macaca tem Lucca, William Pottker, Clayson e o retorno de Fernando Bob? Concordo. São bons jogadores e os três atacantes tem capacidade para atormentar a zaga formada por Vitor Hugo e Edu Dracena.

Só que seria uma loucura desprezar o poderio ofensivo palmeirense. Guardadas as devidas proporções, o Palmeiras tem uma seleção Sul-Americana. Dudu, Michel Bastos, Rafael Marques, Guerra, Borja e Roger Guedes oferecem variedade tática infinita ao técnico Eduardo Baptista. Tanto para propor o jogo como para jogar o contra-ataque.

O que desejo afirmar que a sensibilidade vai determinar a conduta pontepretana no gramado. Se o Palmeiras estiver em tarde infeliz, não há como adiar: tem que aproveitar. Atacar e buscar a maior vantagem possível diante de um oponente em viés de baixa.

Pode acontecer o exemplo inverso. Uma tarde inspirada de três ou quatro jogadores palmeirenses e viabilizar um rolo compressor. Sem piscar, a Macaca neste momento deve passar a pensar no regulamento. Um empate, por exemplo, mesmo que traga desagrado ao torcedor ainda deixa a Macaca no páreo. Uma vitória fora de casa assegura a passagem a final; um novo empate e tudo será decidido nos pênaltis.

Que o torcedor pontepretano compareça, incentive e não deixe gritar um minuto sequer. Empurre o time no rumo da vitória. Mas sem ignorar que não estará em um gramado e sim em um tabuleiro de xadrez e qualquer peça mexida de modo errâneo poderá gerar um xeque-mate precipitado.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Elias, acho que a Ponte tem time suficiente pra, no mínimo, neutralizar o Palmeiras. Está consistente na defesa, resolveu seu problema na intermediária e seu ataque está rápido e perigoso, com 2 dos goleadores do campeonato. Entretanto, estou muito preocupado com as laterais. Nino vinha sendo uma arma de grosso calibre pela direita e agora teremos que aguentar o fraquíssimo Jefferson, que não tem a menor condição de jogar um jogo desse porte. Do outro lado, temos o polivalente Reinaldo, que defende muito bem, mas só cumpre metade de seu ofício, já que além de não atacar, não se apresenta pro jogo, comprometendo o giro da bola, orquestrado pelo competentíssimo Fernando Bob, que faz a Ponte aumentar a posse e ter de correr menos em campo. Sendo assim, acredito que o Kleina poderia pensar em utilizar Jadson na lateral direita que marca mais e joga muito mais que Jefferson, ainda que improvisado e tb utilizar Arthur na esquerda, que ainda que sem condição total de jogo, estaria jogando em sua função, com muito mais facilidade pra cumprir o ofício e entregar o que precisamos para uma grande e vitoriosa apresentação da Ponte Preta, que pra mim, tem totais condições de passar pelo poderoso Palmeiras. Vamos Ponte!!

  2. Concordo com isso, Elias, e acho que o Gilson Kleina pensa assim também. Foi o que fez no segundo jogo contra o Santos: tentou uns ataques no início, viu que não era o dia, e passou a se resguardar buscando os pênaltis. Sobre a lateral direita, Jefferson é pior que Nino, e ambos são piores que Emerson (nosso futuro Rodnei II), mas quem jogar tem que ANULAR O DUDU (este é o ponto chave pra ganhar do Palmeiras)