William Pottker não jogou o Campeonato Paulista. Desembarcou no meio do ano. Esteve na reserva. Nunca reclamou ou reivindicou titularidade. Sempre esteve ao lado da torcida. Respondeu com 14 gols, conquistou a artilharia e de prêmio recebeu a consagração.
Uma enquete promovida por este jornalista na página do Facebook e do Só Derbi e em sua página pessoal comprovou que são grandes as chances de sua popularidade ser inabalável. Dos votos computados, Pottker recebeu 43,13% do total. Logo atrás, vem o volante João Vitor, com 11,7% dos votos enquanto que Nino Paraíba, Wendel, Reinaldo e a torcida ficaram com 7,84%. Também foram citados Rhayner, Aranha, Felipe Azevedo e Matheus Jesus. Antes que me esqueça: a escolha é justa. Justíssima.
É uma votação empírica e não tem a dimensão de um levantamento cientifico. Mas dá para afirmar sem medo errar que a diretoria da Ponte Preta precisa destinar todos os esforços para manter o jogador no estádio Moisés Lucarelli.
Em primeiro lugar, pela falta de alternativas para encher as arquibancadas. Roger ainda não está assegurado, nenhuma contratação de impacto foi viabilizada e o mês de dezembro marcou a saída de Felipe Azevedo e Rhayner e um pouco antes do centroavante Roger. Coloque-se no lugar do torcedor pontepretano e pense: para quem ele vai dar seu grito de incentivo: para Fábio Ferreira? Longe disso né.
Sem contar que Pottker entregou o que prometia. Um jogador rápido, veloz, de força pelos lados do campo, destemido para voltar na marcação e com um senso de conclusão apurado. Os gols marcados no Brasileirão é reflexo da sua qualidade.
Por que ficou tanto tempo na reserva? Este é um dos mistérios que talvez nem Eduardo Baptista consiga explicar.
(análise feita por Elias Aredes Junior)