Em caso de fracasso na Série B, qual dirigente vai assumir a bronca no Guarani? Ou todos vão sumir?

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Vice-lanterna do returno da Série B do Campeonato Brasileiro com seis pontos ganhos, o Guarani está com jeito, cara e futebol de time rebaixado à terceirona. Lisca desembarca com a missão de inverter um quadro dramático, com uma equipe com rendimento físico irregular, ausência de postura no gramado e com claros sintomas de dificuldade de relacionamento. Tragédia à vista.

É hora de perguntar sem medo de represálias: quais serão os culpados em caso de queda? De quem deve ser cobrada a fatura?

Lisca entra no roteiro como um goleiro em decisão por pênaltis: se todas as bolas entrarem, ele não pode ser culpado, porque não havia muito o que fazer; se defender uma ou duas bolas, vai virar herói.

Traduzindo: se Lisca conseguir os 46 pontos necessários, eles será o herói da jornada ao lado do atual técnico da Seleção Feminina, Oswaldo Alvarez, que deixou o time com 31 pontos.

E os dirigentes? Ah, esses podem e devem ser considerados os vilões desta comédia pastelão.

Primeiro pela arrogância em abrir mão da visão de Horley Senna. Sim, é isto que você está lendo. Este jornalista do Só Dérbi nunca escondeu a resistência aos métodos e atitudes do ex-presidente e foi criticado inúmeras vezes.

Mas ora, não há como esconder que nos últimos três anos não existiu dirigente bugrino que respirou mais futebol do que Horley Senna. Para o bem e para o mal. Contratou técnicos, colheu campanhas decepcionantes, fez contratações certas e equivocadas…Dentro do atual grupo político que reina Brinco de Ouro foi o único que sofreu os altos e baixos do mundo da bola. É competente, genial? Não, não acho. Mas tem experiência. Serviria para mostrar pelo menos o que NÃO deve ser feito.

O que fazem os  integrantes do prédio administrativo do queijo? Desprezam seu conhecimento, criam um asilo político nas categorias de base e calam seu parco conhecimento acumulado. Seria o mesmo que um aprendiz na direção de automóvel dispensasse o instrutor do banco do passageiro. Motivo: ele se acha pronto para pilotar o carro em qualquer avenida congestionada. Lógico que não está.

Erro crasso do ponto de vista administrativo. Pior: ninguém admite. Por um motivo: como diria a anedota conhecida: muitos dos Conselho de Administração não podem brincar de esconde-esconde. Porque eles “se acham”. A piada é fraca, mas o fato é real.

O que é ruim pode piorar. Como? Com uma palavrinha nefasta chamada indecisão. Palmeron Mendes Filho e seus parceiros no Conselho de Administração prometeram estabilidade para Vadão, independente da conjuntura. Demitiram na primeira derrota imprevista. E com Marcelo Cabo? Fica, vai embora, continua…a gangorra era infinita. O Oeste precisou entrar em campo e completar o serviço.

Clubes modernos, profissionalizados e antenados tem planejamento de curto, médio e longo prazo, independente da condição financeira. No Guarani é diferente.  Existe dificuldade até para planejar e pensar no dia seguinte.

Neste cenário de caos, o jeito é torcer para Lisca despertar o espirito de tigre presente nos atletas.

Se depender dos gabinetes, o Guarani pode preparar o desembarque na terceirona nacional em 2018.

(análise feita por Elias Aredes Junior)