Entenda a lesão de Caíque e como ela afeta o desempenho do atacante

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O Guarani segue avaliando a contratação de, pelo menos, mais dois jogadores para a sequência da Série A2. Além de mais um zagueiro, a diretoria pondera a contratação de um atacante de velocidade, mas essa opção está no elenco.

Caíque renovou o contrato em janeiro após negociações frustradas com a Coreia do Sul e seria o grande talismã de Louzer no banco de reservas do Bugre. Mas o jogador de 24 anos não entra em campo desde novembro.

Caíque sofre com dores no púbis, lesão que reduz seu rendimento e fez com que o departamento médico bugrino desse ao jogador a mais longa pré-temporada do elenco de Louzer. A tendência é que ele comece a receber chances no segundo tempo de algumas partidas. O Guarani quer ter certeza que seu atacante conseguirá uma sequência sem sentir dores.

Devido à lesão no púbis, o que lhe limitou na transferência para o exterior, Caíque requer cuidados permanentes. Até o momento, o atacante divide o seu treinamento em alguns trabalhos com o grupo de jogadores reserva e de reforços muscular na academia, aos cuidados do fisioterapeuta Paulo Moreira e do médico Dr. Rai Cruz.

A pubalgia
Trata-se da inflamação do osso púbis, um dos três principais que formam a pélvis. Isto gera dores na região da virilha, em músculos que realizam a troca de força com o abdômen. A dor pode se espalhar para a parte interna da coxa e afetar coluna, joelho ou outras regiões do corpo. É algo frequente entre jogadores de futebol, que trabalham intensamente a musculatura no local com movimentos como chutes, agachamentos e saltos.

Tratamento
Na maioria das vezes é clínico. O jogador é tratado com analgesia no púbis, faz uso de banheira com gelo e realiza fisioterapia. O prazo de recuperação para os atletas é de três meses – podem seguir jogando durante este período, o que causou pressão da diretoria bugrina. Um tratamento alternativo é a a técnica PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que é o reforço das plaquetas no sangue do atleta – opção mais utilizada no futebol europeu. Caso a dor persista após três meses, uma intervenção cirúrgica pode ser realizada para corrigir a biomecânica da musculatura afetada.

Como prejudica o desempenho?
As dores no púbis irradiam para os músculos adutores das duas pernas. Assim, o atleta tem menos força e potência nas arrancadas. Mesmo que não tenha dor na hora do jogo, o efeito também é psicológico: o jogador passa a sentir receio nos movimentos ao entrar em divididas ou ao realizar maiores esforços para não prejudicar a musculatura.

Caíque será reavaliado na sexta-feira para saber se ficará à disposição da comissão técnica para o jogo contra o Osasco Audax.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento/foto: GuaraniPress)