Na entrevista coletiva realizada na semana passada, o presidente do Guarani, Ricardo Moisés, prometeu que esforços seriam destinados para buscar o acesso à divisão de elite nacional. Ao se levar em conta os jogos realizados pela equipe campineira desde janeiro de 2021, a mobilização para transformar o sonho em realidade será gigante.
Até agora o Alviverde entrou em campo por 21 oportunidades desde janeiro deste ano. Estão incluídas partidas da reta final da Série B de 2020 e todo Campeonato Paulista, além da estreia contra o Vitória (BA), em Campinas. Foram quatro vitórias, cinco empates e 12 derrotas, um aproveitamento de 26,98% no total.
Se fizermos uma comparação com competições anteriores, se o Guarani repetir o desempenho no restante da atual Série B, as perspectivas são sombrias. Na Série B de 2020, o Botafogo de Ribeirão Preto foi o penúltimo colocado com 34 pontos e aproveitamento de 29%. O lanterna foi o Oeste com 29 pontos e 25% de aproveitamento.
Como atenuante para o baixo desempenho, o Guarani pode alegar o surto de Covid-19 que lhe acometeu na reta final da Série B e que fez o time atuar com muitos desfalques, como na goleada sofrida para o Cuiabá por 4 a 0, quando o técnico Felipe Conceição foi com poucas opções para o banco de reservas.
O que fazer para deixar esses números negativos no passado? Se a meta for escapar do rebaixamento, basta dizer que o Náutico, o 16º lugar com 44 pontos teve aproveitamento de 38%. Ou seja, em relação ao seu atual desempenho desde janeiro de 2021, o Guarani teria que melhorar o seu aproveitamento em 40% para alcançar o patamar mínimo de manutenção.
E se for o acesso? Aí o sarrafo subiria. Muito. Na Série B encerrada em janeiro, o Cuiabá foi o quarto e com 53% de aproveitamento. Ou seja, o aumento percentual no aproveitamento teria que ser de 96,4%.
Sinal de que o Guarani tem um longo caminho pela frente se quiser cumprir a meta estabelecida pelo Conselho de Administração. (Elias Aredes Junior)