Considero a nossa função primordial para instigar a reflexão no torcedor. E para tirar os dirigentes do comodismo e reproduzir algum tipo de análise interna. Mesmo que seja para discordar. O Guarani atual precisa de análise e paciência. Mas também de ação.
Mudança de atitude. Urgente. No jogo de segunda-feira contra o Operário, a derrota por 3 a 0 doeu não foi apenas pelo fato do Alviverde ficar cada vez mais preso na zona do rebaixamento. Ficou evidente que o Guarani veste uma roupa errada para este baile chamado Série B.
Seja com Marcelo Chamusca ou até com Daniel Paulista, o Guarani no Brinco de Ouro tem a pretensão de propor o jogo e de atacar e cercar o oponente. Seria uma atitude correta se o time tivesse uma retaguarda e um sistema defensivo que correspondesse às expectativas.
Não tem.
Os zagueiros são lentos – Ronaldo Alves, Derlan, Ernando e Leandro Castán – e os volantes pecam no posicionamento a frente da zaga. Os vacilos estão escancarados.
O que fazer? Neste cenário, a saída é compactar o time. Fazer com os jogadores fiquem uns próximos dos outros e assim impedir a progressão do oponente dentro da área bugrina. E apostar em contra-ataques e jogadas ensaiadas para buscar o gol salvador. É pobre? Sim. Está aquém da história do Guarani? Concordo. Mas é o que dá para fazer.
Só a retranca pode salvar o Guarani. Basta saber se o clube deseja trilhar o caminho.
(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)